Comportamento

Por Redação Vida de Bicho


Segundo os pesquisadores, o órgão em questão é o exemplo mais antigo de um cérebro de um vertebrado bem preservado — Foto: Jeremy Marble | Universidade de Michigan/ Reprodução Agência Bori
Segundo os pesquisadores, o órgão em questão é o exemplo mais antigo de um cérebro de um vertebrado bem preservado — Foto: Jeremy Marble | Universidade de Michigan/ Reprodução Agência Bori

Cientistas da Universidade de Michigan, entre eles o brasileiro Rodrigo Figueroa, aluno de doutorado, encontraram o cérebro mais antigo de vertebrado bem preservado. O órgão foi achado em um crânio fossilizado de um peixe de 319 milhões de anos e pode apontar novas direções acerca das ideias sobre a evolução do cérebro de espécies viventes.

Segundo a pesquisa, publicada nesta quarta-feira (1) na revista Nature e divulgada pela Agência Bori no Brasil, a descoberta fornece informações sobre a preservação de partes moles em fósseis de animais com coluna vertebral e ressalta a importância de preservar espécimes em museus de paleontologia e zoologia.

Além disso, dizem os pesquisadores, a descoberta abre uma janela para a anatomia neural e evolução inicial do principal grupo de peixes vivo hoje: os com nadadeiras raiadas, que são aqueles com espinha dorsal e barbatanas sustentadas por hastes ósseas chamadas raios.

“Uma conclusão importante é que essas partes moles podem ser preservadas, e preservadas em fósseis que temos há muito tempo — este é um fóssil conhecido há mais de 100 anos,” diz o paleontólogo Matt Friedman, autor sênior do estudo, conforme publicado pela Agência Bori.

“Com a ampla disponibilidade de técnicas de imagem modernas, eu não ficaria surpreso se descobrisse que cérebros fósseis e outras partes moles são muito mais comuns do que pensávamos anteriormente. A partir de agora, nosso grupo de pesquisa e outros colaboradores vão olhar para crânios de peixes fósseis com uma perspectiva nova e diferente”, analisa Rodrigo.

O cérebro

Segundo os pesquisadores, o órgão em questão é o exemplo mais antigo de um cérebro de um vertebrado bem preservado. Ele foi encontrado no crânio tomográfico de um peixe fossilizado de 319 milhões de anos, retirado de uma mina de carvão na Inglaterra há mais de um século.

Tal cérebro pertenceria à espécie de peixe primitivo Coccocephalus wildi. O animal, com aproximadamente o tamanho de um lambari, teria nadadeiras raiadas e, provavelmente, nadava em um estuário e se alimentava de pequenos crustáceos, insetos aquáticos e cefalópodes (um grupo que hoje inclui lulas, polvos e sépias).

Os cientistas acreditam que, quando o peixe morreu, ele foi rapidamente soterrado em sedimentos com pouco oxigênio presente, que combinado com um microambiente químico dentro da caixa craniana, permitiu a preservação de partes moles de seu corpo.

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