Saúde

Por Por Isadora Moraes


Os peixes realizam a osmorregulação, que controla a quantidade de sais e água dentro de seus corpos — Foto: ( Pexels/ Francesco Ungaro/ CreativeCommons)
Os peixes realizam a osmorregulação, que controla a quantidade de sais e água dentro de seus corpos — Foto: ( Pexels/ Francesco Ungaro/ CreativeCommons)

Os peixes vivem submersos na água, mas será que eles sentem sede? Primeiramente, é importante compreender que eles realizam a osmorregulação, processo homeostático fundamental para a sua sobrevivência, que garante que o corpo armazene apenas a quantidade ideal de água e sais, segundo o médico-veterinário Herbert Sousa Soares, professor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Santo Amaro (UNISA). Existem algumas diferenças entre os peixes de água doce e de água salgada, quando falamos sobre sentir sede.

Peixe de água doce sente sede?

No caso dos peixes de água doce, eles não sentem sede. De acordo com Guilherme José da Costa Silva, biólogo, doutor em zoologia e professor e pesquisador da Universidade Santo Amaro, isso acontece porque eles vivem em uma água que tem pouca concentração de sais, sendo menor do que a concentração da célula do animal.

“A água doce tende a penetrar no corpo do bicho por meio de toda a sua superfície, não necessitando, assim, que ele beba água”, diz.

Os peixes de água doce não sentem sede, pois a água doce tende a penetrar no corpo do animal por meio de toda a sua superfície de forma involuntária — Foto: ( Pexels/ Lars Mai/ CreativeCommons)
Os peixes de água doce não sentem sede, pois a água doce tende a penetrar no corpo do animal por meio de toda a sua superfície de forma involuntária — Foto: ( Pexels/ Lars Mai/ CreativeCommons)

Peixe de água salgada sente sede?

Já os peixes de água salgada sentem sede, sim. Os marinhos (ósseos) precisam beber água, uma vez que estão em um local que tem uma quantidade de sal maior do que o seu próprio organismo. A fim de evitar a desidratação, eles também realizam a osmorregulação.

Eles bebem a água e depois eliminam o excesso de sal por meio da ação das células presentes nas brânquias, explica Herbert. “Diferente dos peixes de água doce, esses animais formam a urina concentrada, o que destaca a importância dos rins nesse processo de regulação”, afirma.

Caso o organismo falhe na hora das trocas de sais com o ambiente, durante a osmorregulação, ele ficará desidratado e com o seu sistema interno desregulado, o que, mais tarde, pode levar até à morte. Os especialistas revelam que isso é mais provável que aconteça com os peixes do mar.

Alerta

Contudo Guilherme alerta que existem algumas exceções. Os peixes cartilaginosos de água salgada, como tubarões, raias e quimeras, não sentem sede, pois possuem uma grande quantidade de ureia no sangue, fazendo com que eles fiquem com uma concentração de compostos maior do que dos oceanos.

“Nesse sentido, eles tendem a ganhar um pouco de água por osmose e eles não sofrem de desidratação quando não bebem água, mesmo vivendo em ambiente de água salgada”, completa.

Os peixes cartilaginosos de água salgada, como tubarões, não sentem sede, uma vez que seu organismo tem uma concentração maior de sais quando comparado com os mares — Foto: ( Pexels/ Valdemaras D./ CreativeCommons)
Os peixes cartilaginosos de água salgada, como tubarões, não sentem sede, uma vez que seu organismo tem uma concentração maior de sais quando comparado com os mares — Foto: ( Pexels/ Valdemaras D./ CreativeCommons)

Pensando nas pessoas que têm peixes em casa, Herbert alerta que a ingestão de água funciona da mesma forma de quando eles estão soltos no seu habitat natural.

“Logo, é importante oferecer todas as condições necessárias, principalmente, a qualidade da água, para promover o bem-estar desses animais em ambiente artificial”, finaliza.

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