Comportamento

Por Por Izabel Gimenez


Os dragões são personagens presentes em lendas e mitos de diferentes culturas — Foto: ( GIPHY/ Reprodução)
Os dragões são personagens presentes em lendas e mitos de diferentes culturas — Foto: ( GIPHY/ Reprodução)

A internet é o cenário perfeito para discussões aleatórias. Até porque existem poucos lugares com tanto potencial de unir milhares de pessoas diferentes e fazê-las interagir entre si. Um dos últimos debates dos internautas nos deixou com uma pulga atrás da orelha: afinal, dragão pode ou não ser considerado um animal? O que dizem os especialistas sobre o assunto? É isso que vamos responder hoje!

O responsável por trazer a dúvida à tona foi o jornalista Chico Felitti. O escritor comentou sobre a briga de um casal durante o jogo de stop em um quadro semanal que faz nos stories do Instagram. Na ocasião, a mulher não aceitou que o marido colocasse “dragão” na categoria “animais” com a letra “d”. Apesar da seguidora dizer que havia conversado com uma bióloga para esclarecer, outros internautas passaram a discutir entre si sobre a possibilidade de a palavra valer para a categoria.

De acordo com o biólogo Carlos Stênio, os dragões que conhecemos por meio de desenhos - enormes, voadores e cuspidores de fogo -, são considerado criaturas ou criptídeos, termo usado na criptozoologia para se referir a um ser cuja existência é sugerida, mas não há provas científicas capazes de comprová-la.

“No mundo real temos animais não tão legais quanto os de filmes, porém reais, como o dragão-espinhoso, dragão-de-komodo, dragão-marinho-folhado e o draco volans”, brincou.

Para um ser vivo ser considerado animal para a ciência, ele precisa ser multicelular, ou seja, possuir várias células que desempenham diferentes funções, eucarionte e heterotrófico - que se alimenta de matéria orgânica para sobreviver. Além disso, é imprescindível a existência de comprovação científica que prove sua existência, o que não ocorre com os dragões.

Há uma área na ciência chamada criptozoologia, que estuda animais lendários e extintos, na tentativa de conseguir provas científicas da sua existência. "Especialistas tiveram sucesso provando alguns animais, como o ocapi, ornitorrinco e a lula gigante, mas outros nem tanto, como é o caso do Monstro do Lago Ness, das sereias e dragões”, afirma Carlos.

Grandes produções cinematográficas transformaram a visão que temos dos dragões nos dias atuais — Foto: ( GIPHY / Reprodução)
Grandes produções cinematográficas transformaram a visão que temos dos dragões nos dias atuais — Foto: ( GIPHY / Reprodução)

Na visão de Amanda Gomes, bióloga e doutoranda em Oceanografia, como dragões são criaturas que têm origem em lendas e mitos de vários povos ao redor do mundo, histórias sobre a sua existência foram alimentadas ao longo dos anos em comunidades. A especialista acredita na teoria de que, no passado, fósseis de animais grandes, como dinossauros, pterossauros, crocodilos, répteis e mamíferos eram confundidos com ossos de dragões.

Para explicar o inexplicável, os moradores usavam lendas, algo parecido com o que aconteceu no Brasil. “Alguns animais vivos também servem para inspirar essas histórias. Por exemplo, no nosso país, o Boitatá seria o dragão do nosso folclore e ele pode ter sido inspirado na sucuri ou anaconda, que é uma serpente enorme que vive nas nossas florestas”.

Animais que soltam fogo pela boca não existem na natureza — Foto: ( GIPHY/ Reprodução)
Animais que soltam fogo pela boca não existem na natureza — Foto: ( GIPHY/ Reprodução)

A bióloga ainda esclarece que não há nenhum bicho conhecido pela comunidade científica capaz de produzir fogo. Entretanto, alguns animais são capazes de realizar uma ação parecida, como é o caso do besouro bombardeiro, por exemplo, que produz uma reação química expelida em formato de jato para repelir predadores.

“O material fica armazenado em glândulas de seu abdôme e consiste em água oxigenada e hidroquinona. Apesar de não serem chamas, as substâncias explodem quando misturadas, podendo chegar a temperatura média de 100° C”, explica.

Carlos também cita algumas espécies que se assemelham aos dragões em alguns pontos. O lagarto-voador possui asas parecidas com as criaturas dos filmes, mas não consegue voar, apenas planar ou flutuar. E o lagarto de chifres espirra sangue pelos olhos quando encontra com um predador natural.

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