Seu cachorro não gosta de passear e fazer exercícios? Saiba o que fazer!

Segundo o adestrador Henrique Passarelli, a frequência e a intensidade dos exercícios variam conforme o tamanho do pet. Mas, no geral, deve durar em torno de 40 minutos.

Contudo, alguns tutores relatam que o pet não gosta de se exercitar ou passear. Para Henrique, quando isso acontece, na maior parte das vezes, o animal está refletindo um comportamento do próprio tutor.

“Os hábitos do tutor acabam influenciando o cão. Ou seja, se o tutor é sedentário e não tem vontade de passear, ele acaba criando um cachorro também sedentário”, diz.

Ainda conforme Henrique, a chegada do verão e das altas temperaturas também influenciam a disponibilidade do pet para passeios ou exercícios, por causa do calor e até mesmo do asfalto quente.

A personalidade do animal também deve ser considerada. Segundo Juliana, há cães que simplesmente não gostam de se exercitar. “Tem animais que simplesmente são mais calmos e não tem vontade nem sentem a necessidade de passear, se exercitar”, explica a profissional.

“Para tais pets, essa necessidade de exercícios e passeios deve ser avaliada conforme o seu estilo de vida. Ele tem espaço suficiente em casa para caminhar, brincar e fazer suas necessidades? É agitado, estressado ou tem alterações comportamentais? Essas perguntas devem ser feitas para definir se realmente há a necessidade de colocar os passeios e exercícios na rotina deste cão”, complementa a veterinária.

Juliana ressalta, contudo, que o tutor deve estar atento para alterações de comportamento. Por exemplo, se o cão sempre passeou, se exercitava e, de repente, está relutante ou não tem mais a mesma disposição, ele deve ser levado para uma avaliação com o médico-veterinário.

“Muitas vezes há a necessidade de investigar, realizando exames para identificar possíveis alterações metabólicas que deixam o pet indisposto”, orienta Juliana.

“Muitas vezes, os cães idosos são relutantes para passear porque sentem desconfortos articulares. Assim, tudo deve ser avaliado para que se possa definir o que é melhor para o conforto e bem-estar do pet”, diz a profissional.

“É importante encontrar algo que o animal goste para usar como atrativo. Por exemplo, se o cão curte brincar com bolinha, o tutor pode usar isso para atraí-lo ao passeio. Além disso, vale passear logo pela manhã ou início da noite para evitar as altas temperaturas”, orienta Henrique.

O uso de objetos queridos também é importante para fazer com que animais que não gostam de passear, se exercitem em casa. “Os tutores devem observar o que os pets gostam de fazer, por exemplo, brincar com algum brinquedo específico, com garrafas pet ou caixas, subir e descer escadas, cabo de guerra com uma corda, pular obstáculos para chegar a um petisco, para estimulá-lo em casa”, diz Juliana.

Outro ponto importante são os animais com sobrepeso ou obesidade. Para eles, deixar de fazer exercícios não é opção, alerta Juliana.

“Para esses animais, existe a opção dos centros de reabilitação e fisioterapia veterinária, que tem programas bem divertidos para cães que necessitam se exercitar com uma certa regularidade”, finaliza a veterinária.