Saúde

Por Por Izabel Gimenez


Entenda quais são os cuidados na hora de passear com o seu cão  — Foto: ( Unplash/CreativeCommons/Andriyko Podilnyk)
Entenda quais são os cuidados na hora de passear com o seu cão — Foto: ( Unplash/CreativeCommons/Andriyko Podilnyk)

Os passeios são momentos superespeciais para os cães, afinal, essa é chance do animal sair da rotina de casa, se exercitar, ver o mundo e interagir com outros bichos. E é exatamente por isso que eles costumam ficar tão animados com a notícia. Porém, se engana quem pensa que a tarefa é simples! Independente de como o tutor decidir realizá-la - seja ao redor do quarteirão, na rua de casa ou em saídas mais longas - alguns cuidados antes, durante e depois da caminhada são essencias para garantir a segurança do pet. Confira:

Os cuidados pré-passeio

Thais Matos, médica-veterinária e especialista da área de Confiança e Segurança de uma empresa que conecta tutores e petsitters, afirma que os itens mais importantes são a coleira de proteção, que deve ser resistente e confortável, e a placa de identificação.

“Este cuidado está relacionado à segurança, tanto do animal, quanto de outras pessoas e bichos. Por mais obediente e treinado que seja o pet, sempre existirá a possibilidade dele se dispersar por conta de algum cheiro, barulho ou acontecimento. Nessas situações, ele pode correr incansavelmente, atacar uma pessoa desconhecida ou simplesmente se esconder”, alerta.

Portanto, escolher uma boa coleira é mandatório. A dica da especialista em segurança é procurar por um modelo de peitoral que funcione para o seu cão. Nada de comprar na sorte, já que as apertadas podem machucá-los e as largas podem se soltar.

Como ir em lojas pode ser extremamente estressante para eles, a decisão mais assertiva é escolhê-la através das medidas. Com uma fita métrica, basta medir o diâmetro do pescoço, na região mais próxima ao tronco, e do peito, abaixo das patas dianteiras.

“Os enforcadores não são mais indicados por diversas questões físicas e emocionais. Entende-se que eles podem gerar traumas e até mesmo machucados no pescoço e na coluna do animal”, explica a médica-veterinária Jade Petronilho.

O cuidado com o passeio deve acontecer antes, durante e depois da caminhada — Foto: ( Pexel / Blue Bird / Reprodução)
O cuidado com o passeio deve acontecer antes, durante e depois da caminhada — Foto: ( Pexel / Blue Bird / Reprodução)

No caso de cachorros de grande porte, a focinheira também é um dos itens que deve fazer parte do passeio. Ainda que a agressividade não esteja ligada a raça ou ao tamanho do cão, a legislação nº 2.140/2011 obriga o uso do acessório em espaços públicos.

“A regra vale para cães de grande porte, raças consideradas perigosas, os que pesem acima de 25 kg e os conduzidos por pessoas que não tenham condições físicas para o adequado domínio do cão. As leis podem variar de acordo com a região, mas, independentemente de ser algo obrigatório ou não, o ideal é sempre pensar no bem-estar e proteção dos nossos pets”, defende Thais.

É importante lembrar que a postura do tutor interfere diretamente na qualidade da caminhada. Em tese, o passeio deveria ser um momento tranquilo. Se o bicho já está eufórico antes mesmo de sair de casa, o excesso de estímulos presentes na rua pode ser negativo.

“Temos que evitar fazer festa neste momento e não usar palavras que geram gatilhos, como “vamos passear?”. Essa agitação pode comprometer bastante a qualidade do passeio, pois ele já sai super eufórico, puxando e latindo”, sugere Jade.

Pensando na saúde do animal, não se esqueça de garantir que todas as vacinas estão em dia, de levar um bebedouro portátil e um pote fechado com uma porção de ração. Thais enfatiza que abrir mão desses itens na hora de caminhar é colocar a saúde do seu pet em risco.

Durante o passeio


A veterinária faz questão de conscientizar sobre o perigo dos passeios sozinhos. Abrir o portão para que seu animal caminhe sem companhia pode causar acidentes e brigas, sem contar que não há ninguém para recolher os dejetos deixados. “Se for o caso de querer soltá-lo, que seja em um ambiente realmente seguro, totalmente cercado e com a certeza de que todos os bichos que estão ali são sociáveis”.

A veterinária ainda recomenda que os tutores não forcem interações entre os pets no caminho. “Vários querem que os cães brinquem entre si e isso não é indicado. Costumo dizer que os cachorros não precisam interagir com todos os cães que eles encontram, assim como a gente não sai na rua conversando com todos os humanos”, afirma Jade em tom de brincadeira.

A indicação para os dias de verão é que o passeio aconteça de manhã bem cedo, antes do sol estar totalmente à vista, no fim do dia, ou mais para noite, por conta da temperatura. Fora as possíveis queimaduras do sol, também há o cuidado com o solo, já que o chão quente pode causar lesões graves nas patas e com o tempo da caminhada.

“Tudo tem que ser bem planejado pra que dê certo e ocorra da melhor forma possível. Não adianta exigir, de uma hora para outra, que ele ande por três horas seguidas. Isso, certamente, tem tudo para dar errado. Se você forçá-lo demais, o pet ficará super cansado e pode, inclusive, apresentar dores musculares”, garante a médica.

Pós-passeio

Por fim, não deixe de dar atenção à higiene do animal. Use lenços umedecidos específicos para pets para realizar a limpeza das patas, dessa forma, você irá eliminar possíveis bactérias e qualquer ameaça viral.

“Basta retirar a quantidade necessária de lenços e passar suavemente sobre o local que pretende limpar, secando bem as patinhas após o uso”, recomenda Thais.

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