Um dia após a reunião do Copom que colocou fim (pelo menos por enquanto) a trajetória de queda da Selic, o mercado fica de olho na decisão monetária do Reino Unido e aos dados de atividade dos Estados Unidos. Além disso, os investidores também repercutem a manutenção da taxa de juros da China.
Ontem (19), o Banco Central interrompeu o ciclo de cortes da Selic, mesmo com as críticas do presidente Lula em relação ao alto patamar da taxa de juros. Desta vez, pelo menos, a decisão e manutenção da Selic em 10,5% foi unânime, o que agradou o mercado. Para quem não se lembra, na reunião anterior, quando o BC optou por diminuir o ritmo de cortes da Selic, a decisão ficou dividida entre os dirigentes indicados por Lula (que preferiam um corte maior, de 0,5 ponto percentual) e os demais, que foram maioria e optaram pelo corte mais brando, de 0,25 ponto percentual.
Hoje pela manhã, o Ishares MSCI Brazil ETF (EWZ), principal fundo de índice (ETF) do mercado brasileiro em Nova York, abriu o dia em alta.
Além do Brasil, quem também divulgou sua decisão monetária foi o Banco da Inglaterra. Às 8h desta quinta-feira (20), o BoE comunicou a manutenção da taxa em 5,25% ao ano, como era a expectativa dos investidores. O mercado, no entanto, fica atento aos sinais, assim como fez no Brasil. Especialmente porque há duas semanas, o Banco Central Europeu cortou os juros pela primeira vez em cinco anos.
Na ocasião, o mercado ficou ansioso para ver se a decisão influenciaria que outros bancos centrais fizessem o mesmo caminho, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
Por falar em Estados Unidos, na volta do feriado, os investidores acompanham alguns dados econômicos por lá. O Departamento de Trabalho anuncia às 9h30, o número de novos pedidos de seguro-desemprego requeridos na semana até 15 de junho. Na semana anterior, houve 242 mil pedidos iniciais. Estimam-se 235 mil novos pedidos.
Os dados do mercado de trabalho são importantes por lá porque eles mostram o quanto a economia está aquecida (e, portanto, o quanto há de pressões inflacionárias). Por isso, caso o número venha abaixo do esperado, isso pode ter um reflexo positivo no mercado, já que é um sinal de que as pressões inflacionárias estão diminuindo, o que pode abrir espaço para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar os juros.
Ainda sobre o Fed, alguns dirigentes da autoridade monetária discursam hoje, o que também deve atrair a atenção dos investidores, que seguem em buscas de pistas sobre quando os juros podem cair por lá.
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, participa de evento às 9h45, enquanto o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursa às 17h. Por fim, a presidente do Fed São Francisco, Mary Daly, participa de evento às 23h15.
Por fim, hoje o mercado também repercute a decisão monetária da China. A taxa básica de juros do empréstimo de um ano manteve-se estável em 3,45% e a taxa de cinco anos foi mantida em 3,95% pelo Banco Popular da China (PBoC). Ambas as taxas estão no mesmo patamar desde fevereiro.
A manutenção da taxa já era esperada pelo mercado, especialmente depois que o PBoC manteve a taxa da linha de crédito de médio prazo estável este mês. Agora, o mercado aguarda incentivos à economia no país.
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