Avenue reduz investimento inicial em tesouro direto americano para US$ 10 mil

Desde o início de agosto, investidores podem começar a investir diretamente nestes papéis com uma aplicação mínima de aproximadamente US$ 10 mil. É uma redução significativa para o valor anterior para o investimento, de cerca de US$ 50 mil.

O objetivo da Avenue, com essa redução na barreira de entrada, é permitir que até investidores com menos recursos consigam investir na categoria e diversifiquem a carteira.

“Diversificação é o único almoço grátis do mercado”, diz Daniel Haddad, Chief Investment Officer da Avenue. “Sempre tivemos em nosso DNA a democratização do acesso do brasileiro ao mercado internacional. Títulos do tesouro americano sempre tiveram mínimos muito altos e a diminuição do ticket de entrada vai de encontro com o que acreditamos: qualquer brasileiro pode e deve ter acesso aos diferentes produtos oferecidos no exterior. A diminuição dos valores mínimos contribui para a diversificação da carteira, beneficiando investidores com menor capacidade financeira.”

O Tesouro americano (ou apenas treasurys) é o programa de emissão de títulos do governo dos Estados Unidos (EUA). São classificados como grau de investimento, e considerados os mais seguros do mundo, pois são respaldados pelo governo americano.

“Um título do Tesouro do tesouro americano é, por definição, um dos ativos menos arriscados aos quais um investidor terá acesso no planeta. Atualmente, as taxas estão em patamares não vistos nos últimos 20 anos, o que torna o investimento nessa classe ainda mais atrativo”, diz o executivo.

Historicamente os mínimos para se investir nestes papéis, também conhecidos como bonds, sempre foi alto. Bond é o nome dado para títulos soberanos de renda fixa negociados no exterior. Em inglês, significa “obrigação”. Ou seja: uma instituição, o governo neste caso, toma dinheiro emprestado e assume a “obrigação” de restituir o valor em determinado prazo, acrescido do pagamento de um juro pré-fixado (geralmente pago semestralmente).

Os títulos do tesouro americano são uma boa opção para quem deseja investir sem correr muitos riscos. Afinal, por estarem atrelados ao governo dos Estados Unidos, são investimentos que oferecem um elevado grau de previsibilidade.

Além disso, mesmo com risco mínimo, há outros atrativos, como a rentabilidade. É uma boa forma, assim, de unir risco baixo, rentabilidade e diversificação num só produto financeiro.

“Ele é recomendado para todo tipo de investidor: desde aquele que pensa somente em preservar capital até aquele que tem um perfil mais arrojado e deseja alocar um pedaço da carteira em ativos mais seguros, remunerando seu capital enquanto espera uma eventual oportunidade futura”, complementa o Chief Investment Officer da Avenue, em entrevista.

Vale lembrar que o tamanho dos juros é determinado pelo risco de crédito. Quanto maior a possibilidade de calote, maiores as taxas. Ainda assim, os treasurys são considerados, hoje, um dos investimentos mais seguros do mundo -- e, ainda, com boa rentabilidade, oferecendo retornos que não se viam há cerca de duas décadas.

“Com os valores mínimos anteriores, a construção de um portfólio utilizando esses títulos demandava um montante maior. Com essa mudança, clientes com menores recursos podem fazer uso também desses ativos que são mais seguros do que o tesouro brasileiro, reduzindo a volatilidade e o risco em geral da sua carteira”, contextualiza Daniel.

A Avenue é uma corretora que permite o investimento direto nos treasurys. Assim, não é preciso, por exemplo, recorrer a fundos de investimentos, colocando seu dinheiro indiretamente nessa modalidade. Você, como investidor, tem autonomia para decidir.

Hoje, os treasurys são emitidos em várias formas, como os T-Bills, com vencimentos em 3, 6, 9 e 12 meses, com pagamentos ao final do vencimento do título; e os T-Notes ou T-Bonds, com vencimentos de maior duração (que vão dos 2 a 30 anos), com pagamentos semestrais.

Uma distinção fundamental dos títulos do tesouro americano relativamente ao seu equivalente brasileiro é de que se tratam predominantemente de títulos pré-fixados, o que significa que os seus rendimentos são fixos e independentes de indexadores (ao contrário de títulos no Brasil que estão atrelados a IPCA ou Selic).

“Há uma clara tendência de maior procura de brasileiros por produtos de renda fixa, como títulos do tesouro americano (treasurys), Certificados de Depósito (CDs) e bonds de empresas diversas”, diz Daniel.

“Essa demanda crescente reflete o desejo dos investidores de buscar oportunidades além das fronteiras nacionais, em busca de diversificação, rentabilidade e proteção de patrimônio. O apetite por esses produtos está se mostrando notável, impulsionando o interesse e a participação de investidores em âmbito global”, completa.