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Por e , Valor — São Paulo


A Nvidia entrou para o seleto grupo de empresas negociadas nos Estados Unidos com valor de mercado acima dos US$ 3 trilhões nesta quarta-feira (5). A fabricante de chips fechou o dia valendo US$ 3,012 trilhões, após suas ações subirem 5,2%, a US$ 1.224,40.

Isso torna a Nvidia a segunda empresa mais valiosa do mercado americano, atrás apenas da Microsoft (US$ 3,151 trilhões) e superando a Apple (US$ 3,003 trilhões), com a qual passou boa parte do dia disputando o segundo lugar.

A tendência de alta das ações da Nvidia se iniciou há alguns anos, com a companhia surfando no ‘boom’ da inteligência artificial. Nas últimas 52 semanas, o preço dos papéis triplicou de valor, com a companhia consolidando a sua dominância no mercado de chips enquanto busca diversificar as suas receitas.

No começo da semana, o diretor-presidente da Nvidia, Jensen Huang, anunciou o lançamento da sua próxima geração chips, a Blackwell Ultra, em 2025. O executivo comunicou também que a empresa vai lançar em 2026 uma nova geração de chips, a plataforma Rubin, apresentando novas unidades de processamento gráfico e uma nova unidade de processamento central chamada Vera.

Assim, a companhia entra no mercado de unidades de processamento centrais (CPUs, na sigla em inglês) tradicionalmente dominado pela Intel e Advanced Micro Devices (AMD), argumentando que uma combinação de suas unidades de processamento gráfico (GPU) e CPUs levará a economias significativas de custos e energia.

Além disso, Huang disse que a empresa planeja elevar os seus investimentos em Taiwan, uma região importante para a cadeia de internacional de suprimentos de chips. A ilha abriga a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), fabricante terceirizada dos chips de treinamento de IA da Nvidia.

Essa parceria, porém, pode começar a ser mais custosa para a Nvidia, visto que o novo presidente da TSMC, C.C. Wei, reafirmou ontem que deve reavaliar os preços cobrados da gigante de tecnologia.

A Nvidia é uma empresa de desenvolvimento com produção terceirizada, ou seja, a margem da companhia tende a ser elevada já que os custos fixos não variam muito. No primeiro trimestre fiscal de 2025, encerrado em abril, o lucro da Nvidia subiu 628%, para US$ 14,88 bilhões, e a receita avançou 262%, para US$ 26,04 bilhões; as despesas operacionais avançaram 39%, para US$ 3,5 bilhões.

Esse modelo de negócio, junto com um cenário positivo no mercado de IA, fez com que o Itaú BBA elevasse o seu preço-alvo para as ações da companhia de US$ 1.000 para US$ 1.300, mantendo a sua indicação de compra. O banco também subiu as suas estimativas de lucro por ação da Nvidia para os anos fiscais de 2025 e 2026 em 7,6% e 23,4%, respectivamente, para US$ 27,82 e US$ 36,82.

Essa atualização de preço-alvo, porém, deve ser ajustada nos próximos dias, considerando que a empresa aprovou um desdobramento de ações, na proporção de um para dez.

O desdobramento terá como base a composição acionária desta quinta-feira (6) e a partir do dia 10, as ações serão negociadas na proporção atualizada. Assim, considerando o fechamento desta quarta-feira, de US$ 1.224,40, na próxima segunda-feira, as ações passariam a valer US$ 122,44 e os investidores teriam o seu número de ações multiplicado por dez.

Elon Musk transfere chips

Sobre os chips da Nvidia, o megaempresário Elon Musk confirmou nesta quarta-feira que muitos desses microprocessadores que inicialmente seriam usados em veículos elétricos da Tesla foram transferidos para a X Corp por conta de questões logísticas. Musk é controlador dessas duas companhias. “Para a fabricação e treinamento dos nossos supercomputadores, o custo com hardware da Nvidia é cerca de dois terços”, afirmou Musk.

* Estagiária sob supervisão de Rodrigo Carro

Unidade da Nvidia no Silicon Valley — Foto: Business Wire/Ap Photo
Unidade da Nvidia no Silicon Valley — Foto: Business Wire/Ap Photo
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