Olimpíada 2024
PUBLICIDADE
Por , Valor — São Paulo

O esporte e o empreendedorismo compartilham muitas qualidades em comum: foco, dedicação e alta performance. Com essa similaridade entre as habilidades das duas carreiras, muitos ex-atletas entram no mundo dos negócios, investindo em ramos dentro e fora do mundo do esporte, como o ex-jogador de basquete Michael Jordan, a tenista Vênus Williams e, no Brasil, o ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno.

Nas novas empreitadas, os atletas transformam as habilidades aprendidas em competições em negócios rentáveis.

Confira 5 atletas que se tornaram empresários de sucesso:

1. George Foreman

O boxeador americano deu início a empreitada nos negócios com a George Foreman Grill, uma marca de grill, vendida também no Brasil, que elimina boa parte da gordura sem comprometer o sabor dos alimentos.

A empresa de grill ajudou o esportista a chegar até a sua fortuna atual, estimada em US$ 680 milhões até o ano passado, segundo noticiou o Globo Esporte.

Como atleta, George participou de uma olimpíada, onde conseguiu chegar ao pódio com medalha de ouro nos Jogos da Cidade do México, em 1968.

George Foreman, boxeador estadunidense — Foto: Reprodução/Instagram
George Foreman, boxeador estadunidense — Foto: Reprodução/Instagram

2. Michael Jordan

O mundialmente famoso ex-atleta de NBA participou de duas edições dos Jogos, conseguindo duas medalhas de ouro. O astro do basquete entrou para o mundo dos negócios adquirindo a participação majoritária do time de basquete Charlotte Hornets.

O negócio foi lucrativo para Jordan, já que o ex-atleta desembolsou no ano de 2010, ao adquirir sua parte no time, US$ 275 milhões. A venda foi negociada em US$ 3 bilhões, gerou um saldo positivo de US$ 2,7 bilhões. segundo o ESPM.

A fortuna do atleta era, até 2023, de US$ 3 bilhões, segundo a revista Forbes.

Jordan também possui negócios com grandes empresas, como a Nike, onde tem a própria linha de tênis, a Air Jordan Collection.

President Obama Awards Presidential Medal Of Freedom To Bill And Melinda Gates Among Others — Foto: Andrew Harrer/Bloomberg
President Obama Awards Presidential Medal Of Freedom To Bill And Melinda Gates Among Others — Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

3. Earvin 'Magic' Johnson

Como estreante na lista de bilionários em 2024, segundo ranking da revista Forbes, o ex-atleta de NBA possui patrimônio líquido estimado em US$ 1,2 bilhão. A fonte da fortuna são investimentos em equipes esportivas profissionais, cinemas, franquias da Starbucks, imóveis e cuidados de saúde.

Segundo a revista, os ganhos do ex-atleta como jogador do Los Angeles Lakers foi de cerca de US$ 40 milhões no total e, mesmo no auge da carreira, só arrecadou entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões por ano em patrocínios. Ao longo da carreira, participou de uma olimpíada, em que ganhou também uma medalha de ouro.

A construção da maior parte do patrimônio veio realmente dos negócios. Isso inclui uma participação de 60% na seguradora de vida Equitrust, que cresceu de US$ 16 bilhões em ativos sob gestão para US$ 26 bilhões, desde que o o ex-atleta assumiu a maior fatia acionária, em 2015.

Magic Johnson, ex-atleta de basquete — Foto: Reprodução/Instagram
Magic Johnson, ex-atleta de basquete — Foto: Reprodução/Instagram

4. Vênus Williams

A tenista americana lidera o quadro de medalhas da modalidade, com quatro medalhas de ouro e uma de prata. Ao todo, foram cinco participações em Jogos Olímpicos.

O patrimônio da atleta, em 2023, era de US$12,2 milhões, segundo a Forbes. Neste mesmo ano, Williams apareceu em 8º lugar na lista de atletas femininas mais bem pagas do mundo.

A atleta também investiu nos negócios: fundou uma marca de roupas chamada EleVen, com portfólio de grife para a prática de esportes. Além disso, possui uma empresa de design e decoração, a V Starr Design.

Venus Williams, tenista norte-americana — Foto: Reprodução/Instagram
Venus Williams, tenista norte-americana — Foto: Reprodução/Instagram

5. Lydia Lassila

A esquiadora australiana aposentada chegou a ser medalha de ouro olímpica de esqui estilo livre. Foi a ameaça de uma lesão que fez com que ela tivesse uma ideia de negócio: a BodyICE, uma linha de bolsas de calor e gelo especialmente projetadas para atletas. O objetivo? Ajudar a controlar os ferimentos.

A empresa possui linhas específicas para partes do corpo, como costas e quadril, além de oferecer diversos tamanhos e pacotes de recuperação, que inclui mais de um produto.

Lydia Lassila usando bolsa de gelo da sua empresa — Foto: Reprodução/BodyICE
Lydia Lassila usando bolsa de gelo da sua empresa — Foto: Reprodução/BodyICE

Brasileiros nos negócios

Em terras brasileiras, os ex-atletas olímpicos também apostam na carreira de empresário. É o caso do ex-jogador de vôlei Tande, do Ronaldo Fenômeno e Cesar Cielo, nadador olímpico.

Confira competidores brasileiros que atuam no mundo dos negócios:

1. Guga

Gustavo Kuerten, o Guga, é o maior tenista do Brasil, sendo tricampeão de Roland Garros e também primeiro do ranking por longo período. Guga participou de duas edições das Olimpíadas, mas não conseguiu chegar ao pódio.

Atualmente, Guga é um dos sócios do Grupo Guga Kuerten, que atua em diversos segmentos, como:

  • Guga Kuerten Franquias: rede de franquias de escolas de tênis e beach tennis
  • Licenciamento para a Kona Raquetes de Beach Tennis e Pico Ball: licenciando o nome de Guga;
  • Há também investimentos em usinas fotovoltaicas e em negócios imobiliários.

Além disso, há negócios nas áreas que envolvem a imagem Guga em parceria com empresas e, no terceiro setor, o Instituto Guga Kuerten, criado pela família Kuerten, como braço social do Grupo Guga Kuerten.

Guga — Foto: Divulgacao/Grupo Guga Kuerten
Guga — Foto: Divulgacao/Grupo Guga Kuerten

2. Tande

O ex-atleta do vôlei participou de três edições de Jogos Olímpicos, sendo que em 2002 era "um dos principais nomes da equipe que conquistou o então inédito ouro", segundo informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Atualmente, Tande é palestrante, comentarista esportivo e empreendedor, atuando no ramo de negócios como sócio de uma franquia do Spoletto e da rede de academias Bodytech.

Ex-jogador de vôlei, Tande — Foto: Divulgação/Assessoria
Ex-jogador de vôlei, Tande — Foto: Divulgação/Assessoria

3. Ronaldo Fenômeno

O dono de uma medalha olímpica de bronze, fruto dos Jogos Olímpicos Atlanta 1996, Ronaldo Nazário, Ronaldinho ou Ronaldo Fenômeno, apostou em diversos negócios desde a aposentadoria. Um dos nomes mais famosos do futebol já empreendeu em diversas áreas, incluindo em clubes, escolinhas de futebol e até gestão financeira. Atualmente, segundo a equipe do ex-atleta, são oito negócios em que Ronaldo é fundador ou possui participação majoritária. Confira:

  1. Fundação Fenômenos: Organização de sociedade civil sem fins lucrativos fundada pelo ex-jogador;
  2. Galaticos Capital: Antiga R9 Gestão Patrimonial & Financeira que, em abril deste ano, se uniu à gestora Galapagos Capital. Nesta empresa, o ex-atleta é sócio-majoritário;
  3. Real Valladolid: Clube espanhol da primeira divisão, em que também é sócio-majoritário;
  4. Ronaldo Academy: Rede de franquias de escolinhas de futebol, onde é sócio-fundador.

Os outros negócios são da Oddz Network, um ecossistema de negócios especializado em esporte e entretenimento em que Ronaldo é sócio-majoritário, como:

  • Octagon Latam: Agência de marketing esportivo e entretenimento;
  • Beyond Films: Startup de mídia e conteúdo;
  • Wayz Travel Co: Agência de viagens corporativas;
  • Ronaldo TV: Canal multiplataforma.

Ronaldo Fenômeno, ex-jogador de futebol e empresário — Foto: Divulgação/Assessoria
Ronaldo Fenômeno, ex-jogador de futebol e empresário — Foto: Divulgação/Assessoria

4. Fabíola Molina

A nadadora brasileira participou de três edições dos Jogos Olímpicos, mas não chegou a subir ao pódio. Fora das piscinas, Molina investiu em uma grife de roupas casual e esportiva, com foco em trajes para esportes aquáticos. A marca, que existe desde 2004, leva o nome da ex-atleta e focou, inicialmente, em sungas e maiôs para treinos.

A história começou ao notar que a modelagem dos maiôs que treinada deixavam uma marca branca na barriga, o que incomodava Molina. Além disso, os únicos tons eram escuros e os trajes eram desconfortáveis. O negócio de tão certo que, segundo informações do site da marca, os modelos já foram exportados para mais de 50 países.

Fabíola Molina, ex-nadadora olímpica — Foto: Reprodução/Instagram
Fabíola Molina, ex-nadadora olímpica — Foto: Reprodução/Instagram

5. Gustavo Borges

O ex-nadador Gustavo Borges é um dos maiores medalhistas olímpicos do Brasil, com quatro medalhas, duas de prata e duas de bronze. O ex-atleta, que participou de quatro Olimpíadas, investiu em criar negócios também relacionados à sua atuação de esportista.

Borges possui duas academias próprias, além de ter criado a Metodologia Gustavo Borges (MGB), um dos principais negócios do campeão olímpico, com mais de 420 clientes em toda a América do Sul. A Metodologia oferece gestão pedagógica, acompanhamento, envelopamento e assessoria para escolas de natação, academias, clínicas de fisioterapia, entre outros estabelecimentos.

Borges também atua como palestrante e treinador.

Ex-nadador Gustavo Borges, campeão olímpico brasileiro — Foto: Divulgação/Equipe Gustavo Borges
Ex-nadador Gustavo Borges, campeão olímpico brasileiro — Foto: Divulgação/Equipe Gustavo Borges

6. Bernardinho

O famoso técnico da seleção brasileira de vôlei, antes de chegar ao posto de líder, também foi jogador da modalidade, conquistando uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Apesar de ter ganhado grande popularidade como treinador, fora das quadras Bernardinho também é um investidor e tem sociedade em negócios de diversas áreas:

  1. Body Tech: Academia;
  2. Delirio Tropical: Restaurante;
  3. Greenpeople: Sucos;
  4. The News: Jornal digital;
  5. Growthbrands: Vestuário;
  6. Final Level: Startup de conteúdo e influencia digital;
  7. Typcal: Foodtech;
  8. NoMoo: Produtos Plant-Based;
  9. Liquidz: Bebida esportiva.

Além desses, o treinador é sócio da Escola de Vôlei Bernardinho, que possui unidades próprias e oferece licenciamento para quem quiser operar o modelo de negócio.

Ex-atleta e treinador da seleção masculina de vôlei, Bernardinho — Foto: Fe Pinheiro
Ex-atleta e treinador da seleção masculina de vôlei, Bernardinho — Foto: Fe Pinheiro

7. Pedro Chiamulera

O competidor na modalidade de atletismo também apostou no empreendedorismo. A carreira olímpica rendeu para o ex-competidor duas participações em olimpíadas, mas sem medalhas. Já na área de negócios, Chiamulera é fundador da ClearSale, fundada nos anos 2000.

A empresa, que atua na área de soluções relacionadas a cibersegurança e pagamentos, fez seu IPO em 2021 e hoje está listada na B3.

O ex-atleta também tem participação em outras sociedades nas áreas de educação, projetos sociais e tecnologia.

Pedro Chiamulera, ex-atleta de atletismo e empresário — Foto: Divulgação/ClearSale
Pedro Chiamulera, ex-atleta de atletismo e empresário — Foto: Divulgação/ClearSale
Mais recente Próxima Entenda por que a última Olimpíada foi há três anos

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Analistas creem que a dúvida passa a ser quando — e não se — ele anunciará a saída da disputa pela Presidência dos EUA

Desistência de Biden é iminente, segundo doadores e democratas

A venda da fatia na transmissora de energia faz parte do programa da Eletrobras de se desfazer de ativos não relacionados ao negócio principal da companhia

Exclusivo: Preço por ação da ISA Cteep em oferta da Eletrobras é fixado em R$ 23,50, dizem fontes

Paulo Gonet informou que “não se pode afirmar nítida a existência das irregularidades suscitadas, a justificar a concessão da medida cautelar neste momento”

No STF, PGR dá parecer contrário a barrar privatização da Sabesp

“A pressão [para Biden desistir da disputa] é esmagadora,” disse um democrata sênior em Washington, prevendo que o presidente americano estaria “fora até segunda-feira”

FT: Doadores e líderes democratas já preparam campanha sem Biden

O ministro da Fazenda anunciou que o governo decidiu fazer uma contenção de R$ 15 bi para cumprir as regras do arcabouço fiscal; valor será dividido entre um bloqueio de R$ 11,8 bi e um contingenciamento de R$ 3,8 bi

Entenda a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento

Nesta quinta-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,8 bilhões e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para cumprir as regras do arcabouço fiscal

Economistas avaliam contenção de R$ 15 bi como positiva, mas aguardam detalhamento

Segundo a Aneel, a previsão de crescimento da geração de energia elétrica do país para 2024 é de 10,1 GW, menor que a do ano passado, quando houve crescimento de 10,3 GW

Geração de energia no Brasil tem expansão recorde de 18,7%, no 1º semestre

Após estudo divulgado pela Proteste, termo “marcas de pão de forma com álcool” registrou um aumento de 2.300% na busca do Google nos últimos sete dias

Campanha sobre álcool em pães de forma aumenta a busca pelo assunto em mais de 2000% no Google