Em 2020, o mundo era surpreendido pela pandemia de covid-19. Todos precisaram se readaptar, inclusive um dos maiores eventos esportivos do mundo. Tradicionalmente, as Olimpíadas acontecem de quatro em quatros anos, mas, em 2020, não foi possível seguir a tradição. Foi assim que a Olimpíada de Tóquio-2020 aconteceu entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.
Na época, o então primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, solicitou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o adiamento e afirmou que seria para a segurança dos atletas e de todos envolvidos.
"Isso permitirá que os atletas joguem em suas melhores condições e tornará o evento seguro para os espectadores", destacava a declaração conjunta do governo japonês e o COI.
Essa foi a primeira vez que a competição foi adiada. Anteriormente, três edições tinham sido canceladas: 1916, 1940 e 1944, por causa da Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Mesmo com o adiamento, de acordo com o site oficial da competição, a Olimpíada em Tóquio se tornou uma "demonstração sem precedentes de união e solidariedade à medida que o mundo se reuniu pela primeira vez após o início da pandemia de covid-19. Todos estavam focados no essencial: a celebração dos atletas e do esporte".
O nome oficial seguiu como "Tóquio-2020", mesmo que tenha ocorrido em 2021. Isso porque, segundo Bernard Rajzman, membro do COI, o nome é uma marca patenteada e licenciada que vinha sendo usada desde a divulgação do local em 2013.
Para Rajzman, o adiamento de Tóquio 2020 levou os atletas a terem o ciclo olímpico prejudicado para Paris 2024. Isso porque, enquanto os atletas da Olimpíada no Japão tiveram cinco anos para treinamento, os da próxima, na França, tiveram somente três anos.
"Essa mudança mexe na preparação da equipe e de uma série de eventos como a montagem de uma delegação, o treinamento do atleta, a preparação para a viagem. Tudo teve que ser encurtado, inclusive, na construção a preparação da própria cidade-sede de 2024", explica Rajzman.