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Por LUANDA VIEIRA


O que falta na política? (Foto: @bykellymalka) — Foto: Glamour
O que falta na política? (Foto: @bykellymalka) — Foto: Glamour

Saber que há apenas 86 anos nós, mulheres, não tínhamos direito ao voto diz muito sobre a luta feminina por igualdade de gênero e o longo caminho que ainda falta percorrer para que os avanços sejam totais. Afinal, tivemos que batalhar para estudar, trabalhar sem precisar da autorização do marido e até mesmo para poder pedir o divórcio.

Mas falta bastante coisa. Só na última semana, por exemplo, a importunação sexual finalmente virou crime e a pena para o estupro coletivo em local público, antes de 6 a 10 anos de prisão, aumentou em até um terço. Vale comemorar e seguir brigando. "É tempo de ocupar todos os espaços, é tempo de sermos políticas, de fazer com que sejamos ouvidas e respeitadas. Os planos políticos para as mulheres surgem a partir da perspectiva de uma representante de nós", diz a atriz Carol Duarte. É isso!

Conversamos com ela e outras mulheres para entender o que falta a política fazer por nós. A resposta em comum? Precisamos de representatividade.

Falem vocês, mulheres!

BRUNA LINZMEYER (Foto: @rafaeaguiar) — Foto: Glamour
BRUNA LINZMEYER (Foto: @rafaeaguiar) — Foto: Glamour

"O meu corpo de mulher e sapatão merece andar na rua sem ser violentado. Eu mereço ganhar o mesmo salário de um homem que exerce a mesma profissão que a minha. O nosso país vai mudar com diálogo, com amor e com leis que diminuam a desigualdade social. A presença na política de mais mulheres, que carregam em seus corpos as suas vivências, particularidades e necessidades, faz com que vejamos esse como um lugar que podemos estar."

CARLA LEMOS, influenciadora digital

CARLA LEMOS (Foto: Reprodução Instagram) — Foto: Glamour
CARLA LEMOS (Foto: Reprodução Instagram) — Foto: Glamour

“Democracia é o poder do povo e, quando esse povo não está efetivamente representado na política, acontece o desequilíbrio que vivemos hoje. Nós mulheres somos 52% da população, mas somos menos de 10% das deputadas na Câmara de Deputados Federal. O que ainda falta na política são mulheres, comprometidas com a causa das mulheres, mudando as prioridades das políticas públicas para que as necessidades reais da população, como saúde, educação e moradia, sejam atendidas.”

CAROL DUARTE, atriz

CAROL DUARTE (Foto: Cassia Tabatini / Arquivo Glamour) — Foto: Glamour
CAROL DUARTE (Foto: Cassia Tabatini / Arquivo Glamour) — Foto: Glamour


“O momento que vivemos mostra o despontar de um pensamento bastante violento contra os movimentos progressistas, a luta contra o racismo, a homofobia e a misoginia. E nós, mulheres, somos atingidas em cheio por um discurso que nos violenta em todos os sentidos. As regras do jogo foram feitas dentro de uma sala onde só haviam homens. Nós não estávamos lá ou não fomos ouvidas ou fomos substimadas. É tempo de ocupar todos os espaços, é tempo de sermos políticas, de fazer com que sejamos ouvidas e respeitadas. Os planos políticos para as mulheres surgem a partir da perspectiva de uma representante de nós, porque só uma mulher sabe o que é fazer um aborto, um parto ou sofrer um estupro. Por mais vozes de mulheres em todos os setores da sociedade!”

JULIA PITALUGA, jornalista

Julia Pitaluga (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Julia Pitaluga (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour


“Precisamos apostar na renovação e a na reforma do Congresso Nacional, em que há uma escassez de candidatos que representem projetos importantes para a igualdade de gênero. Quase não temos representatividade feminina em cargos de poder. Vivemos num mundo dominado por homens brancos, numa cultura dominada pelos homens brancos. A igualdade de gênero passa por uma tomada de poder. E é por isso que o empoderamento das mulheres é um objetivo importante, possível com o nosso voto. Vamos dar chance às mulheres.”

Maria Casadevall (Foto: Gleeson Paulino/Arquivo Glamour) — Foto: Glamour
Maria Casadevall (Foto: Gleeson Paulino/Arquivo Glamour) — Foto: Glamour

“Precisamos de políticas para o aborto. As mulheres que abortam no Brasil são mulheres comuns: a maioria é jovem, católica ou evangélica, e já tem filhos. Se você conhece cinco mulheres, provavelmente pelo menos uma delas já abortou. Só que aborto é crime. Ninguém deixa de abortar por isso, mas as mulheres mais pobres, as mais jovens, as negras e as indígenas correm risco de prisão e de morte por não conseguir acessar métodos seguros de aborto. É a velha história: as ricas abortam, as pobres morrem.”

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