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Por Iago Franscisco*


“É sobre nós mulheres dizermos quem somos, e não alguém nos dizer quem deveríamos ser” (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures) — Foto: Glamour
“É sobre nós mulheres dizermos quem somos, e não alguém nos dizer quem deveríamos ser” (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures) — Foto: Glamour

Quem nunca passou por um namoro ruim e precisou deixar para trás aquele boy lixo? No caso da Arlequina, personagem interpretada por Margot Robbie, ela termina o relacionamento abusivo que vivia com o Coringa de Jared Leto desde Esquadrão Suicida (2016) – a atriz interpretava a mesma personagem no filme – e conquista seu protagonismo feminino em Aves de Rapina, superprodução com estreia mundial este mês. Autossuficiente, a famosa anti-heroína da DC Comics comanda um esquadrão da pesada, formado 100% por mulheres. “Uma diferença importante em relação ao Esquadrão é que este é um filme feito totalmente sob o ponto de vista da Arlequina”, explica Margot à Glamour.

Mas, se alguém está esperando que esse olhar feminino da personagem seja traduzido em mais conversa e menos ação, errou feio. O filme é cheio de pancadaria, assim como muitos dos filmes da DC protagonizados por homens. É uma surra de presença feminina, inclusive por trás das câmeras. “Conheci a roteirista Christina Hodson e, juntas, começamos a desenvolver a história a partir dessa emancipação afetiva da personagem”, conta Margot, que também é produtora do filme. A direção de Cathy Yan, conhecida por comédias, garante bom humor à produção.

No enredo, as personagens Caçadora (Mary Elizabeth Winstead), Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell) e Renee Montoya (Rosie Perez) formam uma gangue de mulheres justiceiras, que luta com Arlequina para salvar a vida de Cass (Ella Jay Basco). A adolescente teve sua cabeça posta a prêmio depois de roubar um valioso diamante do vilão Roman Sionis (Ewan McGregor), mais conhecido como Máscara Negra, ameaçando seu poder em Gotham City. “É um filme arrojado, colorido, engraçado, violento, subversivo, e por aí vai”, explica Margot.

#GIRLGANG (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures) — Foto: Glamour
#GIRLGANG (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures) — Foto: Glamour

#GIRLGANG

Ter um ambiente de trabalho que dá espaço para o feminino se multiplicar não é (ainda) regra em Hollywood. Mas, felizmente, para o elenco de Aves de Rapina isso influenciou positivamente o set de gravação. “É sobre nós mulheres dizermos quem somos ao invés de termos um homem nos dizendo quem devemos ser”, resume Rosie Perez. Certíssima, né?

A seguir, direto de Nova York, as atrizes compartilham detalhes dessa aventura com a Glamour:

Como foi criar esse elenco de mulheres? “Todas nós temos grupinhos de amigas, né? Sempre achei que isso fosse uma coisa legal de ver representada no cinema. Ainda mais quando aliamos isso à estética de ação dos quadrinhos.” (Margot Robbie)

Quais foram as referências para criar as personagens? “Construí a Cass assistindo a thrillers e filmes de ação. Jodie Foster em Taxi Driver, por exemplo, serviu para eu entender como uma atriz tão jovem poderia contribuir para um ambiente ‘perigoso’. Assim como eu com a Cass: consegui captar a interação dela com a Arlequina; saber que ela é vulnerável, independente, defensiva e ambiciosa.” (Ella Jay Basco)

Aves de Rapina (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures) — Foto: Glamour
Aves de Rapina (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures) — Foto: Glamour

O que o roteiro e a direção acrescentaram para o filme? “Graças à perspectiva feminina que a roteirista Christina Hodson imprimiu em Aves de Rapina, o público consegue sentir o valioso empoderamento feminino. Estar inserida neste projeto também na produção me trouxe outra visão do set. Consegui exercitar meu cérebro de outra forma e contribuir mais na criação deste universo repleto de personalidade.” (Margot Robbie)

Como foi ter Margot como produtora e atriz no set? “Foi um presente contar com uma aliada assim. Como produtora, era sempre muito acessível e conseguia conversar com a gente na nossa língua. Como atriz, sabia exatamente o tipo de filme que estávamos rodando, o que nos ajudou muito.” (Rosie Perez)

O que Aves de Rapina ensina para o cinema? “Ser mulher e ter outra mulher dirigindo você faz toda a diferença. Isso significa igualdade. Esperamos que o cinema se torne um espaço mais digno para todos, sem que o gênero ou a orientação sexual seja um empecilho.” (Rosie Perez)

*O jornalista viajou a convite da Warner

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