Carreira & Dinheiro
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Por Olívia Silveira


"Delírios de consumo de Becky Bloom" - acho que você conhece essa história, né? (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
"Delírios de consumo de Becky Bloom" - acho que você conhece essa história, né? (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

A escolha é só sua: quer passar mais um ano inteiro no perrengue, chorando cada vez que você dá uma espiadinha na sua conta no banco? Ou prefere ter um período tranquilo, em paz, com o dinheiro sendo seu aliado em vez de parente distante que fala mal de você? Estamos aqui pra pra te ajudar a ficar no azul e, com vontade, até terminar o ano com um dinheirinho sobrando. Internalize este guia e, em alguns anos, você estará rica.

Não confie só na memória - É uma chatice ficar anotando tudo o que se gasta, mas é o único jeito de começar a ter controle do que entra e do que sai da sua conta. “Números não podem ser manipulados apenas de cabeça, tudo precisa estar devidamente anotado e planejado, por mais que você tenha uma boa memória”, ensina Patricia Lages, especialista em finanças e autora do livro “Virada Financeira” (Vida Melhor). E não pense que essa é uma tarefa que você faz uma vez e pronto. Ela deve ser incorporada ao seu dia a dia. Não vale só se organizar no começo do ano e depois desencanar. Não quer entrar na planilha todos os dias? Vá guardando as notas em uma caixinha e depois tire meia hora pra colocar tudo na tela do computador. Ah, e não precisa ser nenhuma expert em Excel pra ter uma planilha de ganhos e gastos. Se você não conseguir, peça ajuda pra alguma amiga que entenda montar a tabela com os códigos de soma e subtração. É bem simples!


Persistência é tudo - Se você nunca fez esse exercício de anotar tudo, mas sabe que a coisa não anda bem, prepare-se para ter uma deprêzinha no começo. Não é fácil se dar conta de que você não ganha o suficiente pra fazer tudo o que quer. Mas acredite: ficar no escuro por muito tempo pode ser um caminho desastroso. “As planilhas não servem apenas para cortar custos e guardar dinheiro, mas sim para se ter um panorama completo das finanças e poder direcionar melhor o dinheiro da forma que desejar, sem pagar juros ou desperdiçar”, lembra a especialista. Afinal, depressão mesmo é ver o seu suado salário evaporar sem nem perceber como.


A armadilha da recompensa - Você trabalha pra caramba, é esforçada, faz tudo direitinho, merece um autopresente de vez em quando, né? Pode ser um ingresso de show na área vip ou um jantar em um lugar mais caro. Certo? Depende. Ninguém tá tirando seu merecimento, mas vale a pena gastar pra depois ficar batendo a cabeça sem saber como vai pagar o aluguel? É muito arrependimento pra poucas horas de alegria. Depois que você tiver as finanças sob controle, vai saber exatamente quanto está sobrando pra gastar nesses mimos, sem entrar em dívidas. Ter controle não significa “não gastar”, mas sim “gastar direito”.


Enfrentando as dívidas - Por mais que a gente tente fingir que elas não existem, volta e meia as dívidas nos atormentam durante os papos com o travesseiro. O negócio é enfrentá-las de uma vez e achar um jeito de quitá-las. Anote tudo o que deve com valor, taxa de juros e que tipo de dívida é. Vão entrar na frente da fila do pagamento aquelas que têm as maiores taxas de juros. Converse com os devedores e descubra como pode ser feito o parcelamento para quitá-las, pois saber que elas têm uma data pra terminar dão um fôlego absurdo pra você continuar.


Tudo pode ser revisado - Que dá pra cortar algumas saídas, o supermercado top e diminuir as idas ao cabeleireiro a gente sabe, mas é importante olhar também para os gastos fixos, que a gente acha que não tem como mexer. As contas de consumo, como de água e luz, podem ser reduzidas evitando o desperdício. E será que você está usando tanto assim aqueles 500 canais da TV a cabo? Reduzir para um plano básico pode ser uma economia e tanto no final do mês. Sem falar na academia que você quase não usa. “O celular também engana muito, pois adquirimos o costume de falar o tempo todo ou navegar na internet sem a menor necessidade. Com isso, fazemos planos enormes e usamos cada vez mais, porque já está pago mesmo”, explica Patricia. Percebe o quanto a gente vai se enganando e, com isso, ficando sem dinheiro?


O que te move? - O ser humano é um bicho como outro qualquer: precisamos de um objetivo pra ter disciplina e ir atrás dele. Se guardar dinheiro com uma meta já é difícil, sem, então, é quase impossível. “O apelo ao consumo é constante e cruel. Sem alguma competitividade dentro de nós, não tem como nos manter focados”, garante Patricia. Pode ser uma viagem, um imóvel, um carro, mas tenha objetivos e, assim que eles forem alcançados, você vai ficar tão orgulhosa, que já vai emendar no próximo!

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