Espaço

Por Redação Galileu

Como você imaginaria a experiência de entrar em um buraco negro supermassivo? Cientistas da Nasa foram além da imaginação e simularam um mergulho em um desses fenômenos cuja massa é equivalente a 4,3 milhões de vezes a massa do Sol.

No vídeo a seguir, é possível ver o buraco rodeado por um disco de gás quente e brilhante (um disco de acreção). A simulação pode ser vista em 360 graus. Confira:

A visualização foi criada no Centro de Simulação Climática da Nasa em um período de cinco dias e usou 0,3% dos 129 mil processadores do supercomputador Discover. Em um laptop comum, o projeto que gerou cerca de 10 terabytes teria levado mais de uma década para ser feito.

No início do vídeo, a câmera está localizada a quase 640 milhões de quilômetros de distância. Conforme ela se aproxima e atinge velocidades próximas à da luz, o disco, os anéis de fótons e o céu noturno vão se distorcendo.

"Os buracos negros de massa estelar, que contêm até cerca de 30 massas solares, possuem horizontes de eventos muito menores e forças de maré mais fortes", explica o criador das visualizações, Jeremy Schnittman, astrofísico do Goddard Space Flight Center da Nasa em Maryland, nos EUA, em comunicado.

Schnittman aponta que as forças de maré podem despedaçar objetos que se aproximam antes que eles cheguem ao horizonte de eventos. Também conhecido como "ponto de não retorno", esse horizonte ao redor do buraco apresenta uma força gravitacional intensa em que a velocidade de escape é maior que a velocidade da luz.

Em uma realidade em que um astronauta fosse capaz de fazer uma viagem de ida e volta de seis horas em uma espaçonave que orbita perto do horizonte de eventos (mas sem atravessá-lo), ele retornaria 36 minutos mais jovem do que seus colegas que permaneceram em uma nave-mãe distante do buraco. Perto de uma fonte gravitacional e movendo-se quase na velocidade da luz, o tempo passa mais devagar.

Contudo, quando os objetos se aproximam do buraco negro, eles sofrem o que é chamado de "espaguetificação", ou seja, se esticam como macarrão. Isso impossibilitaria o astronauta de sobreviver.

A câmera do vídeo, em tempo real, leva quase três horas para adentrar o horizonte de eventos e executa quase duas órbitas completas de 30 minutos. No entanto, um observador distante nunca vê o objeto chegar ao buraco negro. Isso se dá porque, conforme o espaço-tempo é distorcido e se aproxima do horizonte, a imagem da câmera fica mais lenta e parece congelar.

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