Espaço

Por Redação Galileu

Na última sexta-feira (3), a China deu o primeiro passo da missão Chang'e 6, que vai coletar amostras do lado oculto da Lua e trazê-las para a Terra. Após o lançamento bem-sucedido do foguete autônomo Long March 5, que levou a nave ao espaço, detalhes da missão começaram a ser questionados por especialistas e pela mídia.

Isso porque, nas imagens da Chang'e 6 antes de sua partida, um rover aparece preso ao módulo de pouso. O aparelho, no entanto, não foi anunciado previamente pelo país.

No mesmo dia, o Instituto de Cerâmica de Xangai da Academia Chinesa de Ciências, que produziu diversas peças para a missão, divulgou um comunicado indicando que o robô identificado nas fotos possui um espectrômetro de imagem infravermelha. A declaração também revela que, devido ao tamanho do rover e às condições lunares, a missão dele provavelmente será breve.

“Este lançamento deu início à primeira viagem de retorno de amostragem lunar de uma nave espacial humana, marcando uma nova página na luta da indústria aeroespacial da China para ‘iniciar uma nova jornada de exploração interestelar, um passo de cada vez’”, afirma a agência espacial chinesa, em comunicado.

Apesar de a coleta de amostras ser a principal atividade da nave chinesa, esta também levou ao espaço cargas úteis de outros países, entre eles, França, Suécia, Itália e Paquistão.

Ilustração da chegada da aeronave chinesa na lua da missão Chang'e 6 — Foto: CAST
Ilustração da chegada da aeronave chinesa na lua da missão Chang'e 6 — Foto: CAST

As amostras lunares serão lançadas de volta à Terra em um módulo de retorno, seguindo o modelo da bem-sucedida missão Chang'e 5, que realizou o mesmo feito em 2020. O pouso está previsto para ocorrer no início de junho.

“Depois que a sonda for lançada em órbita, ela realizará um voo de cerca de 53 dias conforme planejado, durante o qual passará por transferência Terra-Lua”, revela a Academia de Tecnologia Espacial da China (CAST).

A instituição já tem o rover Yutu-2 no lado oculto da Lua desde 2019, parte da missão Chang'e 4, a primeira a posar com sucesso de uma espaçonave nessa região lunar. Esse equipamento fez descobertas significativas, como ter encontrado pequenas esferas de vidro na superfície lunar.

Construção do foguete autônomo Long March 5 — Foto: CAST
Construção do foguete autônomo Long March 5 — Foto: CAST

A China já surpreendeu o mundo com cargas úteis não divulgadas em missões anteriores, como aconteceu, por exemplo, na missão Tianwen-1 a Marte em 2021. Várias espaçonaves, incluindo um orbitador e o rover Zhurong, lançaram câmeras miniaturas secretas para tirar selfies no planeta vermelho. A CAST também foi discreta sobre outras operações, como o fim do rover Zhurong e um incidente em 2022, quando um foguete chinês colidiu com a Lua transportando um objeto não divulgado.

As novas operações, que incluem a missão atual e a de colocar humanos na Lua até 2030, ocorrem em sigilo. A agência começará a testar o lançamento de um novo foguete reutilizável grande no próximo ano, mas os detalhes também continuam mantidos em segredo.

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