Arqueologia

Por Redação Galileu

Militares e geomorfologistas desenterraram cerca de 70 vestígios de um antigo acampamento pré-histórico na base aérea de Holloman, no Novo México, sugerindo que o local pode ter sido ocupado pelos primeiros americanos há 8,2 mil anos.

O grupo responsável pelo achado divulgado em 21 de março inclui membros da equipe ambiental do 49º Esquadrão de Engenharia Civil da base aérea. Eles encontraram itens arqueológicos a vários metros abaixo da superfície, pertencentes aos primeiros colonos do Novo México.

O nome oficial do sítio escavado é LA202921, mas a equipe chamou o lugar de Mirante de Gomolak. "A formação das dunas de areia branca enterrou inadvertidamente o local, com o silte [fragmento de mineral ou rocha menor do que areia fina e maior do que argila] soprado pelo vento protegendo os delicados restos arqueológicos", descreve Matthew Cuba, gerente de recursos culturais do esquadrão, em comunicado.

Cuba ressaltou que o local fornece informações importantes sobre a adaptação precoce dos seres humanos e as mudanças ambientais. Esses sítios revelam os padrões de assentamento inicial das comunidades Paleo-Arcaicas e mostram por quanto tempo ocuparam a área em suas viagens sazonais.

"Encontramos no local aproximadamente 70 itens, que vão desde pedras lascadas até um raro exemplo de uma pedra moída primitiva, fornecendo pistas valiosas sobre as atividades humanas passadas", destaca o gerente de recursos culturais. Ele conta também terem sido encontrados acampamentos comunitários, com vestígios de carvão de algaroba.

O sítio recém-descoberto é apenas um entre os 400 achados arqueológicos de dentro dos portões de Holloman, onde ainda poderá haver mais descobertas no futuro. "Como guardiões desses recursos, devemos garantir sua preservação e documentação para as gerações futuras e garantir que os recursos culturais sejam protegidos, permitindo ao mesmo tempo o progresso e o desenvolvimento", finaliza Cuba.

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