Saúde & bem-estar
 


Após o teste de gravidez positivo, a mulher inicia uma longa jornada de transformações, que inclui mudanças no corpo, na alimentação, no estilo de vida... Isso sem falar no impacto na saúde mental. Ansiedade, dor e retenção de líquidos são alguns sintomas que costumam aparecer nesse período. Para aliviá-los, algumas mulheres recorrem às massagens, mas será que esse serviço é seguro ao longo dos nove meses?

Em entrevista à CRESCER, especialistas alertam sobre os cuidados necessários para realizar massagem na gestação e apontam, ainda, os benefícios dessa prática para a grávida. Confira!

Massagem pode trazer benefícios para as grávidas — Foto: Getty Images
Massagem pode trazer benefícios para as grávidas — Foto: Getty Images

A partir de quando a mulher pode fazer massagem na gestação?

A ginecologista e obstetra Roberta Ghiggi, da clínica Humana Medicina Reprodutiva (GO), menciona que desconhece relatos na literatura científica que contraindiquem um período de gestação para a realização de massagens. No entanto, os profissionais não costumam oferecer esse tipo de serviço no primeiro trimestre de gravidez, por ser uma fase com maiores chances de aborto espontâneo. Se a grávida deseja fazer massagem, o primeiro passo é conversar com o obstetra que a acompanha no pré-natal. Ele irá avaliar a condição de cada gestante individualmente e se há alguma contraindicação.

Quais tipos de massagens são permitidas na gravidez?

Após serem liberadas pelo obstetra, as gestantes podem procurar serviços de massagens conforme suas necessidades. Entretanto, o mais indicado é realizar aquelas que têm o toque mais leve, sem muita pressão.

Uma boa opção é a drenagem linfática, uma vez que as grávidas costumam reter mais líquido. Classificada como uma espécie de massagem, essa é uma técnica criada na Europa por volta dos anos 30, que estimula os gânglios linfáticos, melhorando seu funcionamento e, consequentemente, a circulação sanguínea e o escoamento dos líquidos retidos. A partir de movimentos leves e lentos, que devem ser realizados somente por profissionais devidamente treinados e habilitados, a drenagem elimina toxinas e diminui o tão temido e incômodo inchaço.

“Esses líquidos fazem com que a mulher, em geral, fique edemaciada, ou, popularmente dito, inchada. Esse edema é basicamente líquido acumulado”, explica Gabriela Massako, professora das áreas de Bem-estar e Práticas Integrativas do Senac Aclimação (SP) e do curso técnico de massoterapia. “A drenagem auxilia o sistema a voltar a funcionar um pouco melhor”, acrescenta.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar de parecer uma massagem simples e estar disponível até mesmo em salões de beleza, a drenagem exige um profissional qualificado. “Considero que nem 10% das drenagens são realizadas de forma correta. Não existe nenhum estudo científico sobre o risco desse tratamento, então é preciso ter muito cuidado”, alerta o ginecologista e obstetra Abner Lobão. Uma drenagem linfática mal feita pode induzir o parto, se realizada a partir dos seis meses, ou favorecer um aborto, se feita até os três. Quando realizada por profissionais competentes, não oferece riscos à gestante.

Segundo a fisioterapeuta e supervisora técnica do Buddha Spa, Juliana Kanashiro, outro tipo de massagem recomendada na gestação são as relaxantes, que podem aliviar os sintomas de dor no corpo.

Cuidados ao longo da gestação

Durante a massagem, é necessário estar atento ao posicionamento da gestante. A professora Gabriela explica que, ao trabalhar a região das costas, as grávidas precisam ser posicionadas lateralmente. Além disso, é importante colocar apoios na barriga e nas pernas para as mulheres não sentirem desconforto. Ela alerta, ainda, que os produtos usados durante a massagem devem ser de origem natural. E cuidado com os óleos essenciais: “Uma série deles não são indicados na gestação”, afirma.

Renata Iak, parteira, enfermeira obstetra e consultora de aleitamento materno da clínica Parto com Amor (SP), reforça que a lista de óleos essenciais não indicados para uso durante a gestação é grande, principalmente devido à falta de estudos demonstrando a segurança de certos componentes para essa população específica. "Não é recomendado o uso de nenhum óleo essencial que contenha em sua composição cetonas e óxidos terpênicos. O terapeuta responsável pelo acompanhamento da gestante tem o dever de conhecer a formulação química do óleo essencial e os seus potenciais riscos", completa.

Segundo a professora do Senac (SP), o indicado também é que os massoterapeutas evitem algumas áreas do corpo da mulher: “O abdômen, por conta do bebê, e os tornozelos, que são áreas que têm grande circulação e [o toque] pode estimular contrações uterinas”.

Contraindicações das massagens na gravidez

A obstetra Roberta Ghiggi destaca que a massagem é contraindicada, principalmente, em casos de pacientes com risco de parto prematuro, de evento tromboembólico ou que estão com a placenta inserida de uma forma diferente da habitual. Por isso, vale ressaltar que é fundamental consultar o obstetra e ter a liberação dele antes de realizar qualquer tipo de massagem. Já a fisioterapeuta Juliana alerta que as terapias estéticas, como aquelas utilizadas para modelar o corpo, também não são indicadas, assim como a massagem ayurvédica, pois requer movimentos mais intensos.

Benefícios das massagens na gravidez

As versões que estão liberadas na gravidez, como as massagens relaxantes e a drenagem linfática, são importantes aliadas das gestantes para aliviar alguns sintomas que costumam aparecer ao longo dos nove meses. Além de ajudarem na circulação de líquidos e de reduzirem dores no corpo, como mencionado anteriormente, elas podem melhorar a qualidade do sono das mulheres e também o seu humor. “A questão emocional é o maior benefício da massagem. É um conforto, um abraço que a gestante está precisando. A massagem pode estimular o corpo a liberar endorfina [analgésico natural, que diminui a percepção da dor, reduzindo o estresse e a ansiedade]", destaca Juliana. Gabriela acrescenta que as massagens podem deixar as grávidas mais dispostas: “Elas conseguem fazer suas atividades sem grandes dificuldades e permanecem mais animadas”.

Quais são as suas principais dúvidas sobre saúde na gravidez? Escreva para o nosso e-mail: redacaocrescer@gmail.com.

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