Literatura infantil
 


1. Planeta Vida

Será Que a Terra Sente?, de Marc Majewski — Foto: Divulgação
Será Que a Terra Sente?, de Marc Majewski — Foto: Divulgação

Será que a Terra se sente viva? Calma? Feliz? Solitária? Cansada? Doente? Ouvida? O início do meu texto não são apenas reflexões: o autor francês Marc Majewski usa esses termos para convidar o leitor a se colocar no lugar do planeta Terra. Vamos folheando este livro retangular e vendo um mesmo ritmo de leitura: de um lado, uma pergunta; do outro, uma pintura que não é só correspondente, como também complementa algo a que a leitora ou o leitor possa associar. É um livro que transcende a idade de quem lê, pois os pequenos vão acessar algo na referência do texto ou da imagem, e os maiores vão se emocionar com a “simplicidade da vida” retratada em sua profunda complexidade ao se entrelaçar a outros seres. As imagens, nas páginas da direita, são tocantes, evidenciando uma biodiversidade nos detalhes. São 14 questões ao todo e, embora nos tirem da zona de conforto, a chance de respondê-las é um alento. A última delas é a nossa deixa para, de fato, desejar um mundo melhor.

2. O que é felicidade?

Selma, de Jutta Bauer — Foto: Divulgação
Selma, de Jutta Bauer — Foto: Divulgação

Na capa do livro, lemos “Selma” e, com o título, uma ovelha pastando num imenso verde. Ao longo das páginas, conhecemos a história dela e refletimos sobre a relação entre o lado simples do cotidiano e o nosso desejo incessante pela tal “felicidade”. Opa, será que já vimos este livro por aqui antes? Sim. Em 2007, a editora Cosac Naify havia trazido ao Brasil esta obra criada pela alemã Jutta Bauer. Autora de outros livros incríveis, como O Anjo da Guarda do Vovô, Jutta não foi mais traduzida desde que a Cosac fechou, em 2015. Assim, é tempo de celebrar este retorno, em uma versão que traz um formato diferente do que havíamos conhecido. Mas, tendo com o que comparar ou não, eis aí uma esperta ovelha para fazer a gente pensar um bocado.

3. Irmão à vista

Meu Reinado, de Amanda Bahia — Foto: Divulgação
Meu Reinado, de Amanda Bahia — Foto: Divulgação

O livro chama a atenção desde a capa: todo em branco e preto, descobrimos, no final, que a autora, Amanda Bahia, fez tudo com recortes de papel. Nas primeiras páginas, vemos imagens de um ambiente de casa ou família e, no texto, o narrador reclama que seu reinado está ameaçado. O invasor, mesmo fazendo muito barulho, havia conquistado todo mundo. Uma clássica situação da chegada de um irmão, narrada de maneira gráfica bem divertida.

4. Continue a voar!

Menina Pássara, de Amanda Lioli, Brunna Talita, Li Albano, Luiza Pellizari e Carolina Krupocvhi — Foto: Divulgação
Menina Pássara, de Amanda Lioli, Brunna Talita, Li Albano, Luiza Pellizari e Carolina Krupocvhi — Foto: Divulgação

Ela nasceu pássara, mas sem asa, sem pena e sem um canto como o de outros por ali. Sentiu-se sozinha na diferença, até que a jornada para fora do que já conhecia trouxe novas perspectivas. Inspirado em técnicas de narração de histórias ao público surdo, elaboradas pelo grupo paulista êBA, a obra amplia as possibilidades de conviver, ler e dizer. Ao final, uma linda performance em vídeo do grupo, clicando no QRCode.

  • Menina Pássara, de Amanda Lioli, Brunna Talita, Li Albano, Luiza Pellizari e Carolina Krupocvhi. Aletria, R$ 52. a partir de 3 anos. aletria.com.br

5. Palavras de brincar

A Palavra Palavra, de Alix Cooper e Thais Stoklos Kignel — Foto: Divulgação
A Palavra Palavra, de Alix Cooper e Thais Stoklos Kignel — Foto: Divulgação

A palavra cobertor me traz bastante calor; a palavra saudade abraça qualquer idade; a palavra catupiri passo no pão até me entupir... Estas brincadeiras de conceitos e sentidos criadas pela escritora Alix Cooper compõem este livro instigador. Desafio maior ainda foi para a ilustradora Thais Stoklos Kignel, que faz novas provocações aos significados que o leitor ou a leitora já possam ter.

  • A Palavra Palavra, de Alix Cooper e Thais Stoklos Kignel, Aletria, R$ 50. A partir de 4 anos. aletria.com.br

6. Chorar é preciso

Croco, de Andrés López — Foto: Divulgação
Croco, de Andrés López — Foto: Divulgação

Parece um bloquinho, mas é um livro: abrimos na vertical e entramos na história de um crocodilo vermelho que cai em um buraco. Ele tenta muitas maneiras de sair e chama a atenção de outros animais. A serpente o aconselha a se enrolar e girar; com algumas penas de pássaros, o crocodilo tenta voar; e os macacos propõem que ele pule, mas nenhuma das dicas o ajuda. Então, ele começa a chorar, e este não é o final da história.

7. Medo do desconhecido

O Tempo Todo, de Volnei Canônica e Felipe Cavalcanti — Foto: Divulgação
O Tempo Todo, de Volnei Canônica e Felipe Cavalcanti — Foto: Divulgação

Conforme crescemos, vamos dominando nossos espaços, como somos, como podemos viver. É bom demais se sentir no controle. Mas e quando o desconhecido avança para o nosso terreno confortável? Como lidar com este medo? Em um jogo potente de texto, imagem e design, os autores nos emocionam ao narrar a transformação de alguém que acreditava ter tudo o que precisava até ser desafiado por uma inesperada companhia.

  • O Tempo Todo, de Volnei Canônica e Felipe Cavalcanti, R$ 65. A partir de 5 anos. oficinaraquel.com.br

8. O conto e suas essências

Os chamados “contos maravilhosos”, que a tradição oral sustenta por séculos, colecionam desafios de interpretação. Talvez por isso seja tão saboroso ler novas versões para eles. Nesta seleção, apresento três obras recentes em torno da saga de Chapeuzinho Vermelho: na primeira, os premiados autores Tino Freitas e Raquel.

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Matsushita nos divertem apostando no que já se sabe do conto. Em Pra Que Esta Boca Tão Grande?, a irreverência marca o texto com situações “inéditas” engraçadas, e as imagens com perspectivas surpreendentes e referências de ilustrações clássicas do século 19 e início do 20.

No segundo livro, o que nos salta é o olhar para o feminino. Em Loba, Roberta Malta e Paula Schiavon falam de uma menina de cabelos vermelhos que segue a missão de encher um cesto de flores para a avó que vinha visitar a família. No caminho, um novo vermelho toma conta, a menina se depara com seu próprio crescimento e é acolhida em sua ancestralidade. O terceiro livro é o que nasceu há mais tempo: o ilustrador Maurício Negro interpreta a leitura do conto tradicional feita por João Guimarães Rosa, em 1964, para um suplemento de jornal. Em Fita Verde no Cabelo, o autor mineiro nos coloca a personagem já sem o lobo em seu caminho, porém enfrentando a solidão das perdas inevitáveis que o amadurecimento impõe.

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