Cuidado com a borda. Não vá até o fundo. Fique sempre perto do papai e da mamãe. Preste atenção para não pular em cima de ninguém. Respeite o que salva-vidas disser... Que atire a primeira pedra quem nunca falou uma dessas frases para as crianças antes de ir para a praia ou para a piscina. A gente sabe: brincar na água é uma delícia, mas, quando vamos com os pequenos, não dá para baixar a guarda. É preciso mesmo estabelecer algumas regras e dar orientações. Mas, afinal, o que é importante dizer nesse momento?
![Menina nadando na piscina com a mãe — Foto: Freepik](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/6pZLl414baQEAVN4KpuHJTdjE-g=/0x0:1500x1000/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/Q/d/idAScBQIOlHr8rCtMarQ/close-up-girl-with-pink-goggles.jpg)
Todo cuidado é pouco quando vamos para esse tipo de ambiente com os nossos filhos. Porém, quando as crianças estão bem orientadas, o trabalho de supervisão acaba ficando mais fácil. Essas explicações, é claro, devem ser adaptadas para cada idade, respeitando a maturidade e a capacidade de compreensão dos pequenos.
"Devemos orientar as crianças a respeitarem as placas indicativas de proibição, estarem atentas aos guarda-vidas e sempre estarem perto de um adulto responsável. Brincadeiras de fingir afogamento ou de empurrão dentro da água também são desaconselháveis", explica Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS.
Mas não é só isso. A seguir, veja algumas dicas do que dizer para o seu filho antes mesmo da brincadeira na água começar:
1. Antes de sair de casa, converse com o seu filho sobre a importância de respeitar as placas de proibição, estar atento aos guarda-vidas e sempre ficar perto de um adulto responsável;
2. Explique que brincadeiras de correr, empurrar, pular em outras crianças, afundar a cabeça na água ou fingir afogamento nunca devem ser feitas;
3. Assim que chegarem ao local com água, reforce as recomendações de segurança e tire uns minutinhos para apresentar o ambiente às crianças. Mostre onde a família ficará e indique um ponto de referência fixo para que elas possa se localizar, caso se percam;
4. Reforce a mensagem de que água do mar e areia nunca devem ser colocadas na boca;
5. Explique que nadar no mar é muito diferente de nadar em piscina. Nem sempre conseguimos ver o fundo com nitidez, a profundidade varia, podemos ser surpreendidos com objetos sob os nossos pés, ondas fortes ou correntezas... O cuidado precisa ser redobrado;
6. Se forem entrar na água, façam isso sempre devagar e com os pés, aos poucos. Nada de querer sair correndo ou mergulhar de cabeça, combinado?
![Crianças brincando na praia nas férias de verão — Foto: Freepik](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/sIAnqeI2L3mehr4xONExbkAkkq4=/0x0:1500x981/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2023/s/8/vUARroRaKe5DNMP8bZeQ/kids-running-beach.jpg)
7. Antes de liberar os mergulhos, faça uma vistoria no local e identifique onde ficam os ralos da piscina ou as saídas de sucção. Oriente seu filho a sempre permanecer longe deles;
8. Fazer xixi e cocô na água nem pensar! Peça para a criança avisar quando estiver com vontade, para que vocês possam sair e ir ao banheiro juntos;
9. Ensine as crianças a sempre olharem ao redor antes de pular na água. Podem haver outras pessoas ou objetos submersos que não são visíveis à primeira vista;
10. Diga que é perigoso ficar brincando perto da borda da piscina. Ela pode ser escorregadia e a criança pode cair;
11. Reforce que ela só deve ficar na água se houver um adulto conhecido por perto.
Fontes: Tadeu Fernando Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS; Safe Kids Worldwide; Centers for Disease Control and Prevention (CDC); American Academy of Pediatrics (AAP)