Saúde
 


A cada cinco crianças no mundo, pelo menos uma está pesando mais do que devia. Essa foi a conclusão de uma revisão publicada na revista científica JAMA Pediatrics nesta semana. A pesquisa, que analisou estatísticas de 154 países, apontou para um aumento nas taxas de obesidade infantil nas últimas duas décadas.

Menino joga pinball no sofá — Foto: Freepik
Menino joga pinball no sofá — Foto: Freepik

Ao todo, a revisão analisou 2.033 estudos envolvendo mais de 45 milhões de pessoas. Os resultados mostraram que, em média, a prevalência global de obesidade em crianças e adolescentes foi de 8,5%. Já as estimativas de excesso de peso ficaram em 22,2%. Isso representa uma tendência de aumento do problema. Em comparação com os dados de 2000 a 2011, hoje os números são 1,5 vezes maiores.

A revisão também sugeriu outras mudanças importantes nas últimas décadas. O problema, que antes era restrito a países de alta renda, agora também é uma realidade em regiões com baixos índices de desenvolvimento socioeconômico. Os casos de obesidade e sobrepeso ainda são mais comuns em famílias que moram em países mais ricos, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) acima de 0,8.

"A prevalência da obesidade em países e regiões com pontuações de IDH iguais ou superiores a 0,8 foi de 9,5%, enquanto os países e regiões com pontuações de IDH inferiores a 0,8 apresentaram uma prevalência significativamente inferior de 7,6%", aponta a revisão.

Obesidade X Idade

Segundo os autores do estudo, crianças em idade pré-escolar e escolar tendem a sofrer mais com o problema. Os dados mostraram que os índices de obesidade variam, dependendo da idade. Até os 5 anos, a taxa é de 8,5%. Entre os 6 e os 12 anos, é de 9,4%. Já entre os adolescentes, de 13 a 18 anos, fica em 6,9%.

"Este declínio na prevalência da obesidade [com o passar do tempo] pode ser atribuído principalmente às alterações hormonais à medida que meninos e meninas se aproximam da puberdade. Além disso, os adolescentes tendem a ser mais conscientes com sua aparência, fazendo mais esforços para controlar o peso", diz a revisão.

Consequências para a saúde

Em comparação com crianças e adolescentes saudáveis, os com obesidade têm maior chance de apresentar comorbidades mentais e físicas. A revisão conseguiu demonstrar isso pelos números. "Eles têm probabilidade 1,4 vezes maior de desenvolver pré-diabetes, probabilidade 1,7 vezes maior de desenvolver asma, probabilidade 4,4 vezes maior de desenvolver pressão alta e probabilidade 26,1 vezes maior de desenvolver gordura doença hepática", afirma o texto.

Segundo a endocrinologista pediátrica Fernanda André (RJ), as consultas periódicas com o pediatra, para avaliar peso, altura e desenvolvimento, devem fazer parte da rotina e ser mantidas durante toda a infância, para monitorar de perto como anda a saúde e o peso das crianças.

"Nosso ambiente tem ficado cada vez mais obesogênico, com as crianças sedentárias, consumindo ultraprocessados e passando mais tempo em frente às telas. Fazer atividade física e cuidar da alimentação são pilares no tratamento, claro, mas só isso não é suficiente. É preciso também analisar fatores genéticos, hormonais e emocionais", explica.

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