Ashley Beauregard, 33, achou que alguns sintomas do bebê eram normais, por conta da fase de dentição, mas ficou horrorizada ao descobrir que era por conta de uma doença grave.
![A mãe achou que o mal estar do filho era devido à dentição e depois descobriu que ele tinha leucemia — Foto: Reprodução/ Need to Know](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/fzhaZYeUxxGjR335qTvKxjJrnLM=/0x0:934x633/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2023/5/A/KSNU5WTBuA5BM4cmrkwg/leucemia-aiden.jpg)
Ela estava de férias com a família, quando Aiden começou a adoecer. “Aiden estava com tosse, muito agitado e os dentes estavam nascendo. Presumimos que eram coisas típicas de oito meses de idade”, disse a mãe, que mora no Michigan, nos Estados Unidos, ao NeedToKnow.co.uk.
“No entanto, alguns dias depois de nossa viagem a Pittsburgh em março de 2022, comecei a pensar que a cor dele estava estranha. Fomos visitar meus pais e eles também notaram como ele estava pálido. Marcamos uma consulta para o dia seguinte", relatou.
Aiden passou por vários exames, que acabaram mostrando que ele estava com a hemoglobina extremamente baixa. Os pais foram orientados a levá-lo ao pronto-socorro. “Lá, eles fizeram um hemograma completo (CBC)”, explicou a mãe. "Sua contagem de glóbulos brancos voltou tão alta que era óbvio que ele tinha leucemia, e ficamos no hospital por 36 dias. A vida como nós conhecíamos acabou. Senti um medo absoluto", disse ela.
Aiden foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda (LLA) – um tipo raro de câncer no sangue e na medula óssea. O dele, segundo os médicos, é ainda mais raro porque contém uma mutação genética. Os sintomas anteriores – principalmente enjôo prolongado, palidez, agitação e irritação – eram sinais de alerta, já que a leucemia, muitas vezes, passa despercebida, por serem confundidos com outras doenças.
“Passamos 236 dias internados e incontáveis dias no hospital tentando combater o câncer com protocolos, mas, infelizmente, Aiden teve recaídas várias vezes”, disse a mãe. “Ele fez imunoterapia, que falhou após 16 dias. Ele também fez um transplante de medula óssea, que falhou após dois meses”, disse ela.
Aiden, que agora tem 2 anos, fez “inúmeras transfusões de sangue, punções lombares, biópsias de medula óssea, ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas, etc”. Atualmente, o câncer está em remissão, mas os médicos alertaram que ele pode ter uma recaída devido à genética, já que ele tem o elemento de mutação.
“Cinco meses após o transplante, ele agora está lidando com a doença do enxerto contra o hospedeiro. Todo o corpo dele apresentava erupções cutâneas, mas ele está tomando esteróides e imunossupressores há mais de um mês e estamos vendo melhora”, disse a mãe.
Agora, a mãe compartilha sua história para alertar outras famílias sobre os sintomas. "Precisamos de melhores e mais opções de tratamento. A maior parte do que temos está desatualizado e é destinado a adultos. A pesquisa sobre o câncer infantil é gravemente subfinanciada e existem muitos tipos", acrescentou Ashley. “Mas o amor e o apoio que as pessoas nos demonstraram têm sido incríveis. Aiden mudou a vida das pessoas e aproximou as famílias”, acrescenta.
Agora, Ashley e seu marido, Marcus, 36, agora estão focados em aproveitar cada momento com Aiden e o filho mais velho, Declan, 5. “No primeiro ano, nossa vida familiar virou de cabeça para baixo. Meu cuidava do nosso filho de 4 anos, enquanto eu ficava no hospital cuidando de Aiden. “Isso também me fez encontrar alegria no mundano e realmente procurar o que é bom, porque cada momento conta. Estou muito orgulhoso da minha família por sobreviver a este inferno e encontrar maneiras de sorrir e rir. Mesmo que Aiden ainda esteja muito feliz e cheio de alegria, ele já passou por mais coisas do que qualquer pessoa que conheço. Ele pode não reclamar das coisas, mas acho que é porque ele não conhece outro jeito de viver. Ele entende coisas que crianças normais não entendem. Ele conhece os passos para limpar seu cateter central, sabe de quais clínicas ele gosta e de quais não gosta. Isso é tudo o que ele realmente conheceu. O câncer infantil é nossa vida agora”, completa.