Alimentação
 


Todo mundo já ouviu falar que o café da manhã é a refeição mais importante do dia. Mas, uma nova pesquisa realizada no Reino Unido mostrou que nem todas as crianças fazem o desjejum. Apenas 1 em cada 5 crianças toma café da manhã todos os dias, segundo estudo realizado pela empresa alimentícia General Mills e a organização Greggs Foundation.

As crianças não devem pular o café da manhã — Foto: Getty Images
As crianças não devem pular o café da manhã — Foto: Getty Images

O levantamento foi feito com 900 pais de crianças do ensino fundamental e revelou que 19% das famílias cujos filhos começam o dia com o estômago vazio afirmam não ter “alimentos adequados” para o desjejum em casa. Além disso, outros 17% lutam diariamente para pagar o café da manhã da sua família. Mas 47% temem que as crianças sintam fome antes do intervalo e 31% preocupam-se com a capacidade dos filhos de se concentrarem.

A pesquisa também revelou que dois terços (64%) daqueles que têm dificuldade em manter as suas famílias alimentadas pela manhã dizem que o aumento dos custos dos alimentos é a principal razão. Como solução, muitas dessa famílias resolveram recorrer a bancos de alimentos, organizações sem fins lucrativos que recebem alimentos doados e os distribuem gratuitamente. O estudo apontou que 1 em cada 6 (15%) dos entrevistados já utilizou, em algum momento, um banco alimentar e 20% dos pais temem que seja provável que precisem usar um em breve.

Embora 72% digam que o desjejum ajuda a preparar os seus filhos para o dia, quase um décimo (8%) relatam que os seus filhos muitas vezes ficam sem. Quase 4 em cada 10 (38%) pais também afirmam que seus filhos dizem que estão com fome assim que acordam com frequência ou com muita frequência. Outra solução foi aderir aos programas de café da manhã oferecidos nas escolas britânicas. O estudo apontou que 1 em cada 10 mães e pais recorreu a esses programas escolares para garantir que seus filhos não passem fome.

Benefícios do café da manhã

Apesar de dividir o protagonismo das refeições com o almoço e o jantar, o desjejum ganha destaque na infância por uma série de razões: fornece cerca de 25% da recomendação diária de energia, está ligado à redução de doenças crônicas e pode, inclusive, afetar o desempenho escolar. “Pular o café da manhã leva, ainda, à dificuldade de estabelecer uma rotina, o que é fundamental para uma infância saudável”, explica o pediatra nutrólogo Leandro Izoton Lorencette, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). “Há também a associação com o sobrepeso e a obesidade infantil. Isso porque, normalmente, quando não são realizadas as refeições da manhã, no almoço e no jantar a criança tende a ‘compensar’ com uma alimentação hipercalórica”, completa.

Uma pesquisa feita na Espanha também mostrou que pular o café da manhã três vezes ao longo da semana pode afetar a saúde mental deles. Publicado no portal Frontiers in Nutrition, o estudo contou com a participação de pais de 3.772 crianças. Os pesquisadores reuniram informações sobre o humor, a autoestima e o nível de ansiedade dos participantes, assim como o que comiam e onde realizavam o desjejum. O resultado mostrou que aquelas que não faziam essa refeição tinham 3,29 vezes mais chances de desenvolver problemas comportamentais, como estresse, depressão e ansiedade em comparação com as que se alimentavam logo cedo.

Segundo a psicóloga Rita Calegari, de São Paulo, tomar o café da manhã em família é uma maneira de começar o dia de forma organizada, programar as atividades das crianças com elas, dialogar e acolher. “Se o pequeno vai ter uma prova, esse pode ser um momento para dizer: ‘eu vou preparar aqui um supermingau que vai deixar você concentrado para arrasar na avaliação’. Então, quando a gente fala de comida, não estamos falando apenas de alimentar o corpo do ponto de vista nutricional. Estamos alimentando a alma”, conclui.

Isso sem contar que começar o dia de estômago vazio – e, por consequência, sem energia – pode levar a uma queda de rendimento e atenção, especialmente nas primeiras horas dentro da sala de aula, antes do recreio. Uma pesquisa com 500 educadores realizada na Inglaterra chegou à conclusão de que 72% deles percebem uma diferença significativa entre os alunos que tomam café da manhã em comparação aos que não tomam. A análise foi encomendada pela Warburtons (empresa de panificação) em parceria com a ONG Magic Breakfast para destacar a importância do desjejum e fornecer mais de 1 milhão de refeições matinais para crianças que enfrentam insegurança alimentar no país.

De acordo com os educadores, alunos que pulam a primeira refeição do dia apresentam algumas características preocupantes, como desistir rapidamente das tarefas, mostrar sinais de cansaço e se distrair com facilidade. Da mesma forma, eles não são tão engajados e se mostram menos curiosos do que os que se alimentaram nesse período.

Como é o café da manhã ideal?

“Um bom café da manhã pode ser um ótimo aliado para ajudar a criança no processo de aprendizado e do brincar, sem que ela fique sem energia, muito cansada e até com dificuldade de se concentrar”, disse Carolina Bourroul, nutricionista familiar, de São Paulo. Para que a refeição seja completa e saudável, os pais devem fazer boas escolhas alimentares. “O que a gente come de manhã pode impactar o nosso dia todo, por isso, é importante que a criança tenha contato com diversos tipos de alimentos e nutrientes”, destacou. Veja o que a especialista recomenda oferecer para os pequenos:

  • Frutas picadas com aveia ou granola
  • Ovos mexidos (os pais ainda podem acrescentar um tomate ou até espinafre)
  • Uma fatia de pão com queijo e/ou geleia

Mas também existem alimentos que não são recomendados para este momento do dia. Segundo a nutricionista, os pais devem evitar comidas muito açucaradas e ultraprocessados, como leite fermentado, iogurtes com muito açúcar, biscoitos e bolachas. Um fator que desempenha um papel significativo e muitas vezes é esquecido é o ambiente em que a refeição é feita. “Torne o café da manhã mais agradável com boas conversas, para começar seu dia de forma nutritiva em todos os sentidos. Também evite pressionar a criança na hora de comer, coma junto com ela sempre que possível e com calma”, ressaltou a especialista.

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