Candidíase de repetição: quais as causas e como contornar o problema?

A candidíase de repetição, condição que tem acometido cada vez mais mulheres, está ligada a fatores como: estilo de vida, alimentação, estresse, frequência de relações sexuais, higiene íntima, microbiota vaginal, imunidade etc. Ela se caracteriza por mais de quatro episódios ao ano e, de modo geral, não é sexualmente transmissível.

A cândida é um fungo que faz parte da flora vaginal, um sistema delicado. Ela se prolifera em maior quantidade quando há um desequilíbrio ali. As mulheres com candidíase de repetição precisam passar por uma avaliação de seus hábitos de vida – não adianta apenas tratar com cremes vaginais. Muitas vezes, vão ter de usar antifúngicos semanais de forma profilática.

No entanto, a primeira coisa a se fazer é entender se a coceira, principal manifestação da candidíase, é realmente causada pelo fungo. Para isso, é importante procurar o ginecologista para exames físicos e laboratoriais. Em algumas situações, não se trata de candidíase, mas reações alérgicas, como parece ser o seu caso.

A alergia ao sêmen é rara, acontece devido a uma reação às proteínas presentes no esperma. Tem como principal sintoma uma irritabilidade da vulva e vagina após a relação sexual. A mulher pode ter ardor, vermelhidão, edema, coceira e até urticária generalizada. Não há tratamento que reverta o quadro. Nessas situações, o casal deve usar preservativo e, quando quiser engravidar, medicações antialérgicas após o sexo. Vale ressaltar que esse tipo de reação não causa infertilidade e persiste mesmo se a mulher trocar de parceiro. Infelizmente, o casal precisa se adaptar, mas não há consequências graves à saúde.

• Mantenha uma alimentação saudável, controlando os carboidratos – principalmente os doces, por causa do alto nível glicêmico, o que favorece o crescimento do fungo. O consumo de alimentos com probióticos pode ajudar.
• Evite roupas apertadas e quentes, como calças justas, pois abafam a região. Prefira roupas largas e arejadas, peças íntimas de algodão e procure dormir sem calcinha.
• Atenção à higiene íntima. Não lave demais a região para não alterar a flora vaginal e use pouco sabonete. Prefira aqueles com pH neutro ou os íntimos, que têm pH adequado e não possuem muitos agentes irritantes.

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