Sua filha começou a reclamar de uma coceirinha nas partes íntimas? Ou uma dor e sensação de ardência ao fazer xixi? Estes podem ser sinais da candidíase, uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que vive normalmente na região genital. Segundo Suzana Costa, membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), embora seja mais comum em adolescentes, a candidíase pode, sim, ocorrer em crianças pequenas.
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As que mais correm risco são as imunodeprimidas ou as que estão em uso de antibióticos, que podem favorecer a multiplicação de fungos do gênero Candida, como explica a especialista. Mas também há outros motivos que causam a infecção. “Os problemas na vagina ou nas partes íntimas geralmente começam a surgir na época do desfralde, quando a criança passa a utilizar o banheiro sozinha”, destaca Carolina Peev, pediatra e coordenadora do pronto socorro do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo.
Sem a supervisão ou orientação correta dos adultos, as meninas podem acabar não se limpando adequadamente após fazerem xixi e cocô. De acordo com as médicas, a má higiene fecal e urinária é uma das principais causas de doenças e infecções na região íntima.
Por isso, é muito importante prestar atenção nos cuidados que a criança toma com a limpeza dessa área. Caso notar alguma queixa da filha em relação à vagina, é preciso acender um alerta. Os sintomas mais comuns da candidíase a serem observados são:
- Corrimento de cor branca;
- Dor na genitália;
- Coceira intensa;
- Sensação de ardência;
- Inchaço e vermelhidão na região íntima.
Quando levar a filha ao médico?
“Sempre que houver mudança da cor da secreção vaginal, coceira ou dor na região genital, é importante que os pais levem as filhas ao pediatra para investigação”, aconselha Carolina Peev. A especialista destaca que secreção com mau odor ou urina com cheiro forte também são sinais de alerta. “Além disso, vermelhidão nos órgãos genitais externos e desconforto ao urinar são sintomas que não devem ser ignorados e os pais devem buscar atendimento médico o quanto antes”, completa Suzana Costa.
O tratamento deve ser recomendado por um ginecologista, que irá avaliar cada caso. Mas, normalmente, é feito com pomadas ou medicamentos antifúngicos orais. Em casos de infecções mais leves, a recuperação pode ocorrer em apenas três dias. Já em quadros mais preocupantes, será necessário um tratamento em longo prazo.
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