Comportamento
 


Depois do parto e da alta da maternidade vem um novo desafio: os primeiros dias com o bebê em casa. De repente, tudo muda. Os horários, o sono, a alimentação, as preocupações... Nesse comecinho, é natural que a família se sinta perdida sobre como lidar com a nova rotina — ainda mais os pais de primeira viagem.

Família com bebê recém-nascido — Foto: Freepik
Família com bebê recém-nascido — Foto: Freepik

Agora sem a ajuda da equipe do hospital, é preciso, pela primeira vez, dar conta de todos os cuidados com o bebê sozinhos. O momento é de felicidade por trazer o pequeno para casa pela primeira vez, obviamente, mas também de muitas dúvidas e inseguranças. Justamente por isso, preparar-se acaba sendo tão importante.

"Hoje existe muita fonte boa de informação em que dá para se preparar e ter informações mais realistas do que pode acontecer. Agora, ainda assim, a experiência dessa primeira semana vai depender muito de cada pessoa e do apoio que ela tem do companheiro e da família", explica a pediatra Mônica Vilela Carceles Fráguas, neonatologista do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista (SP).

A seguir, veja o que você precisa saber para que a primeira semana com o bebê em casa seja mais leve e para que você se sinta mais segura com a nova rotina:

1. A rotina da casa vai mudar (e muito)

Os primeiros dias depois da alta da maternidade são para conhecer o bebê e entender o jeitinho e o ritmo dele. Nenhum recém-nascido é igual ao outro e nem existe fórmula pronta para lidar com os desafios que vão aparecer. Vocês terão de descobrir juntos qual dinâmica funciona melhor para a sua realidade. Mas uma coisa é certa: nada mais será como antes. Desapegue-se dos seus antigos hábitos, porque a nova rotina com certeza será diferente de tudo que você já viveu. É hora de definir uma nova organização para a casa, que agora também precisa se adaptar para receber o pequeno.

2. O bebê vai dormir bastante (e você pouco)

O organismo do recém-nascido leva um tempo para se adaptar à vida fora do útero. Assim que chega em casa, os mecanismos que regulam o sono ainda não estão totalmente maduros. É por isso que os bebês têm um padrão de descanso muito diferente dos adultos. Segundo o pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum, membro da Academia Americana de Pediatria (AAP), um recém-nascido pode dormir de 16 a 20 horas por dia. Mas esse sono não acontece em uma tacada só. "Ele é dividido, não é contínuo. É normal o bebê dormir e acordar várias vezes", afirma.

Visitas ao recém-nascido em casa — Foto: Freepik
Visitas ao recém-nascido em casa — Foto: Freepik

Como o recém-nascido tem o sono mais "picadinho", é natural e esperado que o descanso dos pais seja prejudicado. Às vezes, a sensação é de que o pequeno está trocando o dia pela noite. Por isso mesmo, nem crie expectativas. Nessa primeira semana, dormir por mais de três horas seguidas é uma missão quase impossível. A dica, então, é: sempre que o bebê estiver descansando, tente descansar também. Nem que seja para esticar as pernas, tirar um cochilo... Toda pausa é valiosa.

3. O bebê vai precisar mamar várias vezes ao dia

Sabe aquela história de que o bebê precisa mamar um ou dois seios, de 3 em 3 horas, 15 minutos de cada lado? Na prática, não é bem assim que as coisas funcionam. Não é preciso criar uma rotina superregrada de amamentação. Nesse comecinho, é o recém-nascido quem vai ditar o ritmo das mamadas. É o que chamamos de livre demanda: o bebê mama quando quer, quanto quer e pelo tempo que precisar.

Quando nasce, o estômago do bebê é bem pequenininho e quase não cabe leite. Por isso, ele precisa mamar várias vezes durante o dia e a noite para se saciar. "Nesse começo, o bebê não fica muito mais de 3 horas sem mamar. Depois desse tempo, o organismo já consumiu tudo que mamou e avisa que precisa repor", diz a pediatra Mônica Fráguas.

4. Dificuldades na amamentação podem aparecer

Apesar de ser algo instintivo, a amamentação nem sempre é fácil e nem sempre flui logo de cara. Leva um tempo até que você e seu filho encontrem a melhor maneira de fazer o processo funcionar. Dificuldades podem, sim, aparecer. O segredo é ter paciência e não desistir.

Observe apenas se o bebê está conseguindo fazer a pega correta da mama e se está ganhando peso. Esses dois parâmetros são muito importantes. Ah, e lembre-se sempre: existe um tempo até que a amamentação finalmente engate, mas não é para ser um processo difícil e nem dolorido, combinado? Ao melhor sinal de dor ou dificuldade, compartilhe com o médico e peça orientação.

5. Muita gente pedirá para visitar o bebê

Assim que chega a notícia de que o bebê nasceu, parece que todo mundo tem vontade de sair correndo para conhecê-lo. Algumas famílias não se importam em receber visitas assim que saem da maternidade, outras já preferem que esse momento seja adiado um pouquinho, até que ele tome as primeiras vacinas.

"É difícil evitar, mas sempre recomendamos aos pais que peçam para as pessoas aguardarem um pouco. Quando for inevitável, é preciso pedir que as pessoas tenham muito cuidado, lavem as mãos, usem álcool gel...", recomenda a neonatologista Graziela Del Ben (SP). E, obviamente, se a visita estiver doente ou com sintomas gripais, o melhor é cancelar o encontro. Explique com jeitinho e não tenha medo de causar um mal-estar. A imunidade do recém-nascido ainda é muito frágil e a saúde do seu filho deve vir em primeiro lugar.

Pai e mãe dando banho no bebê — Foto: Freepik
Pai e mãe dando banho no bebê — Foto: Freepik

6. Os primeiros banhos e trocas de fralda serão desafiadores

Por mais que você tenha se informado e feito cursos durante a gravidez, é só quando o bebê chega em casa que entendemos para valer como funciona, na prática, os rituais de higiene. O banho e as trocas de fralda são alguns dos que costumam causar mais insegurança.

Para que você se sinta mais confiante, garanta que a sua casa esteja preparada para isso. Antes de começar o processo, já separe todos os itens que vai precisar, como toalhas, fraldas, roupas, produtos de higiene, termômetro... Você deve estar com tudo sempre à mão. Não dá para deixar o bebê sozinho para buscar algo que ficou esquecido em outro cômodo.

Para o banho, algumas estratégias extras podem ajudar. Coloque pouca água na banheira, uns quatro dedinhos. "Depois, vá jogando a água com as mãos, de um jeito bem suave. Se, ainda assim, ficar com medo, limpe o bebê com um paninho molhado ou peça ajuda de alguém", sugere Mônica Vilela Carceles Fráguas, do Pro Matre Paulista (SP). Nas primeiras trocas de fralda, é normal que vaze xixi ou cocô nas roupinhas. Até que você consiga encontrar o jeito certo que funciona para o seu bebê, alguns deslizes podem acontecer.

7. O umbigo do bebê exigirá cuidados especiais

Nos primeiros dias de vida, o bebê ainda possui o coto umbilical — um pedacinho do cordão que continua preso à barriguinha. Ele costuma cair, em média, 10 dias após o nascimento. Aos poucos, vai ficando seco e escuro, até se desprender totalmente. Até que isso aconteça, alguns cuidados simples são necessários.

A recomendação dos pediatras é criar uma rotina de higiene também para o umbigo. Pelo menos duas vezes ao dia, ele precisa ser higienizado com um pano de algodão e um pouquinho de álcool 70%, além de ser lavado com água e sabão durante o banho. Sempre que possível, vale também deixá-lo visível e bem ventilado. Se puder evitar que seja coberto pela fralda, melhor ainda. Só é preciso acender o sinal de alerta e procurar orientação do médico caso a região fique vermelhinha ou com secreção.

Fontes: Mônica Vilela Carceles Fráguas, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista (SP); Mariana Poggiali, pediatra e neonatologista da Rede Mater Dei de Saúde; Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra membro da Academia Americana de Pediatria (AAP); Graziela Del Ben, neonatologista (SP); Sociedade Brasileira de Pediatria

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