Amamentação
 


A amamentação costuma causar preocupação nas mães. Afinal, todas querem saber se o leite materno oferecido ao bebê é suficiente para deixá-lo satisfeito. Junto com essa dúvida, também vem um desejo grande de aumentar a produção para que seu filho possa mamar quando quiser e à vontade. Você já deve ter ouvido que a água inglesa, um tônico feito com plantas medicinais, pode ser uma aliada para isso. Mas, será que é verdade mesmo ou é apenas um mito?

Água inglesa ajuda a engravidar? — Foto: Getty/ilustração figurativa
Água inglesa ajuda a engravidar? — Foto: Getty/ilustração figurativa

Na realidade, a água inglesa não deve ser utilizada para aumentar a produção de leite materno, pois não existem estudos que comprovem a segurança do seu consumo na gestação e no pós-parto. "Não é aconselhável o uso em mulheres amamentando ou gestantes por não se saber os efeitos nas mulheres que estão passando por essa fase e em seus bebês", ressalta Anna Bohn, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Para que serve a água inglesa?

"Trata-se de uma solução de fitoterápicos [produtos que usam componentes naturais de plantas para obter suas propriedades terapêuticas] que contém extratos de plantas medicinais como canela da China, quina amarela, centáurea, camomila e carqueja. Esse extrato pode ser utilizado com fins medicinais para melhora da fertilidade, melhora da digestão e ajuste de ciclo menstrual, segundo relatos. Vale destacar que não há comprovação científica, mas seu uso é descrito com esses fins", explica Bohn.

Mitos sobre a produção de leite

Existem muitas outras crenças envolvendo a amamentação que podem angustiar as mães. Para acabar com as preocupações, especialistas desvendaram os principais mitos em relação à produção de leite materno. Confira:

Alimentos e bebidas aumentam a produção?
"Canjica, cerveja preta, cereais, gengibre, chás contendo misturas de plantas e tintura de algodoeiro... Todos são descritos como benéficos para aumentar a produtividade de leite materno. A verdade é que não há comprovação científica de que alimentos específicos atuem de forma confiável para aumentar o leite materno", diz Anna Bohn.

Doar leite atrapalha na amamentação do seu filho?
Não! O que ocorre é justamente o contrário. O organismo produz o leite na medida em que ele é demandado. Ou seja, quanto mais a mulher amamenta ou tira o leite, mais ela o produz. Esse é o funcionamento normal do organismo: assim que a mama é esvaziada, o corpo recebe um sinal para preparar mais. Portanto, se você amamentar e doar leite, estará estimulando ainda mais o seu organismo nesse sentido.

Seios pequenos produzem menos leite materno?
Ana Maria Escobar, pediatra e colunista da CRESCER, garante que o tamanho dos seios não tem nada a ver com a capacidade de produção de leite. Mamas pequenas podem ter uma ampla fabricação, da mesma forma que as grandes podem oferecer quantidades menores. Tudo depende de aspectos genéticos, psico emocionais e ambientais.

Consigo produzir leite suficiente para mais de um filho?
Segundo especialistas, nenhum dos filhos ficará mal alimentado, pois a mulher é, sim, capaz de fornecer alimento suficiente para sustentá-los. "Se estimulada em livre demanda, uma mãe pode produzir leite para mais de uma criança. Gêmeos podem ser amamentados exclusivamente até o sexto mês, sem prejuízo à saúde de nenhum deles e nem à da mãe”, diz Moises Chencinski, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP e colunista da CRESCER.

Se tenho bico invertido, não posso amamentar?
Os diferentes tipos de mamilos, incluindo o invertido, não são impeditivos para a amamentação. Afinal, os bebês não devem abocanhar o bico e, sim, a aréola. A enfermeira obstetra Patrícia Marques Ribeiro, do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP), explica que os recém-nascidos precisam abrir a boca com o lábio inferior e superior bem abertos e apoiar o queixo na aréola inferior para sugar. Quando o mamilo fica machucado, pode ser que pega esteja inadequada. Vale procurar ajuda.

Não posso amamentar se estiver doente?
Chencinski explica que há doenças que não impedem a amamentação, como a gripe e a covid-19 – desde que a mãe tome alguns cuidados, como o uso de máscara –, além de zika, dengue e chikungunya. Ela só não é indicada no caso de mães com HIV (vírus da aids) e HTLV (que afeta as células de defesa).

Existe leite fraco?
Isso não existe. De acordo com Moises Chencinski, após o parto, o colostro, primeiro leite que desce, costuma vir em menor quantidade. Além disso, no início, não cabe muito leite no estômago do bebê. Assim, o recém-nascido precisa mamar com mais frequência, podendo passar a falsa impressão de que a mãe tem leite fraco.

O que ajuda na produção de leite materno?

Para garantir uma boa produção de leite, o mais importante é que a mãe esteja bem para que o organismo consiga agir e "fabricar" o leite adequadamente. Veja as principais orientações que as mulheres devem seguir, de acordo com especialistas:

Amamentação em livre demanda
Isso significa que o bebê decide quando e por quanto tempo mamar. Essa estimulação é a melhor forma de aumentar a produção de leite materno, pois o corpo se ajusta às necessidades do bebê. "É através do esvaziamento da mama que a glândula entende que deve produzir mais. E, para que isso aconteça, é muito importante que a pega do bebê ao seio esteja correta, ou seja, que abocanhe a maior parte da aréola possível, que se perceba extração de leite pelo bebê (podemos ver e ouvir ele engolindo) e checar as fraldas pois uma vez cheias de xixi e cocô, indicam uma mamada efetiva", orienta Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação.

Boa hidratação e alimentação
A produção de leite pode ser afetada pela alimentação e pela ingestão de líquidos. "Uma boa alimentação e hidratação são fundamentais para que o corpo tenha substrato para um leite em quantidade e qualidade nutricional adequada. É necessário uma hidratação abundante, com mais de 3 litros de água por dia, e uma alimentação variada, natural e equilibrada, sem excessos ou restrições", afirma Anna Bohn.

Não se cobre tanto
O emocional também pode interferir na amamentação. "Manejar o excesso de estresse e a privação de sono são imprescindíveis visto que questões de humor e cansaço extremo afetam muito a produção de leite", finaliza Bohn.

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