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Uma mãe de 29 anos recebeu o diagnóstico de um câncer cerebral incurável depois de acordar incapaz de mover os dedos dos pés. Laura Elizabeth Mahon, de St Helens, na Inglaterra,  estava grávida de 20 semanas, relatou o Liverpool Echo. Sobre o sintoma incomum, ela comentou: “Eu não pensei muito sobre isso, afinal eu estava grávida e estava me sentindo cansada. Mas as coisas pioraram no dia seguinte e eu não conseguia mais mexer a perna direita e estava lutando para andar. Na semana seguinte, não consegui sentir muito a perna direita", conta.

O médico de Laura acreditou que o bebê estava pressionando um nervo e a enviou ao The Walton Center para uma ressonância magnética. No entanto, as suspeitas foram descartadas e Laura fez outra ressonância magnética, mas, dessa vez em seu cérebro. “Me disseram a notícia devastadora de que eu tinha um tumor no cérebro. Eles me disseram que provavelmente estava lá há anos e anos e agora começou a crescer. Foi um choque, tenho apenas 29 anos e não pensei que algo assim pudesse acontecer comigo. Eu estava tão focada no bebê, mas estava ficando cada vez mais mal”, disse.

Laura recebeu a notícia com 20 semanas de gestação (Foto: Reprodução/Mirror)

Laura recebeu a notícia com 20 semanas de gestação (Foto: Reprodução/Mirror)

Laura foi informada pelos médicos que seu caso era raro e ela deveria ser monitorada antes de decidir o que fazer. No entanto, com 27 semanas de gravidez, seu estado de saúde piorou muito. Então, Laura e seu marido Danny, 28, tomaram a difícil decisão de trazer sua filha ao mundo com 30 semanas. “Eu não conseguia andar direito, estava passando mal e estava muito cansada. Depois de muitas conversas de partir o coração, Danny e eu tomamos a decisão mais difícil de nossas vidas e decidimos trazer nossa filha ao mundo com 30 semanas. Na minha cesariana planejada, a equipe de obstetrícia me colocou sob anestesia geral para que eu ficasse totalmente relaxada. Eles não queriam pressionar meu cérebro por causa do risco de causar mais complicações”, lembra.

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Sienna nasceu no Warrington Hospital, em 30 de novembro do ano passado. Ela foi levada para a enfermaria neonatal e colocada em uma incubadora, mas depois de sofrer um colapso pulmonar, foi transferida para o Royal Oldham Hospital para receber cuidados mais especializados. “Recebi alta do Warrington Hospital, embora não estivesse bem o suficiente, porque queria estar com Sienna, mas não foi permitido nenhum visitante por causa das restrições da covid. Nós realmente queríamos que nossa família estivesse conosco, então foi muito estressante para nós dois”, continuou.

O bebê, que nasceu de 30 semanas, precisou ser transferido (Foto: Reprodução/Mirror)

O bebê, que nasceu de 30 semanas, precisou ser transferido (Foto: Reprodução/Mirror)

Em 9 de dezembro, Laura fez uma nova ressonância magnética que revelou que o tumor havia quase dobrado de tamanho. Ela, então, foi informada de que ele era inoperável porque estava em seu córtex motor e não seria seguro removê-lo. “Eles fizeram uma biópsia, mas só conseguiram remover cerca de 20%. Fiquei arrasada porque tinha muitas esperanças. Foi mais um revés, más notícias em cima de más notícias", lamentou.

Mas, para a surpresa da nova mãe, no início de abril, uma ressonância magnética mostrou que o tumor cerebral de Laura havia se estabilizado e até diminuído um pouco. “Isso foi um grande alívio e foi tão bom ouvir algo positivo. Neste momento, estamos tentando sair e fazer coisas legais para criar memórias juntos, mas preciso aproveitar cada dia. Às vezes, é difícil e eu simplesmente desmorono e choro. Mas o pulmão de Sienna se recuperou e ela está completamente bem agora. Vejo outras pessoas com tumores cerebrais que conseguem viver mais, então estou me apegando à ideia de que posso ser uma dessas pessoas. Estou lutando o máximo que posso e me mantenho forte pela minha família”, afirmou.

Laura disse que está focava em reunir boas memórias (Foto: Reprodução/Mirror)

Laura disse que está focava em criar memórias (Foto: Reprodução/Mirror)

Sobre os tumores cerebrais

Os tumores cerebrais matam mais crianças e adultos com menos de 40 anos do que qualquer outro câncer“Estamos muito gratos a Laura por trabalhar conosco, pois é apenas com o apoio de pessoas como ela que podemos progredir em nossa pesquisa sobre tumores cerebrais e melhorar o resultado para os pacientes que são forçados a lutar contra esta terrível doença. Ao contrário de muitos outros cânceres, os tumores cerebrais são indiscriminados. Eles podem afetar qualquer pessoa a qualquer momento. Muito pouco se sabe sobre as causas e é por isso que o aumento do investimento em pesquisa é vital", disse Matthew Price, gerente de desenvolvimento comunitário da Brain Tumor Research.