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Lacey-Lee Kelly, 6 anos, começou a reclamar para a mãe, Lisa, de dor de cabeça. Como o sintoma não cedia, elas foram ao médico, em Merthyr Tydfil, no País de Gales, onde moram. O especialista que a examinou disse que não era nada e que elas não precisavam se preocupar. Pouco tempo depois, segundo Lisa relatou ao The Sun, a menina começou a vomitar à noite e a mãe percebeu que ela ficou mais estabanada, o que a fez retornar com o clínico geral.

+ "Achei que minha filha estava gripada, mas era um tumor cerebral raro", diz mãe; entenda

Lacey-Lee terá que reaprender a andar depois de tumor ignorado pelos médicos (Foto: Reprodução/ The Sun)

Lacey-Lee terá que reaprender a andar depois de tumor ignorado pelos médicos (Foto: Reprodução/ The Sun)

O médico, então, atribuiu os sintomas a uma possível intolerância alimentar. Não convencida, a mãe insistiu e marcou uma nova consulta, desta vez, com um oftalmo, já que Lacey descrevia a dor como uma pressão no fundo dos olhos. Foi só aí que a menina foi encaminhada para o hospital, com urgência no pedido de exames.

Em seguida, Lisa e seu parceiro, Shaun, foram levados para uma sala ao lado e receberam a difícil notícia: sua filha estava vivendo com um tumor cerebral de crescimento lento. Os médicos disseram que a massa poderia estar lá desde o nascimento, mas que só agora os sinais estariam aparecendo.

"No começo, não entendi muito bem, mas, no fundo, eu sabia que era [um tumor cerebral] o tempo todo. Não acreditava, mas sempre tive esse pensamento no fundo da minha mente”, relata Lisa.

Felizmente o tumor era benigno, mas pelo tamanho, estava causando acúmulo de fluidos no cérebro e a pequena precisou ser operada com urgência. A cirurgia, que aconteceu em novembro do ano passado, foi um sucesso e os especialistas conseguiram remover 80% do tumor da parte de trás da cabeça de Lacey-Lee.

No entanto, o local em que a massa estava é responsável pela coordenação, movimento, equilíbrio e funções como respiração e frequência cardíaca. Por isso, a equipe médica informou a família que a recuperação não seria simples. A pequena teria de reaprender a falar e a andar, por exemplo, entre outras habilidades básicas.

“Quando Lacey-Lee acordou de sua operação, ela não conseguia falar e só conseguia mover os dedos levemente. Ela era apenas uma casca. Ela abria os olhos e estava com um olhar vago. Era horrível”, recorda a mãe. No Natal, ela falou sua primeira palavra depois da remoção do tumor: “não”. A mãe ficou chocada e muito feliz.

Depois de quatro meses no hospital, trabalhando a reabilitação neurológica, a menina recebeu alta no último dia 26 de abril. Ela ainda não consegue andar e se locomove com ajuda de uma cadeira de rodas. Agora, frequenta a fisioterapia para, aos poucos, reverter a situação e reaprender os movimentos, além de recuperar sua força.

A mãe, Lisa, acredita na plena recuperação da filha. "Dedos cruzados, ela fará uma recuperação completa. Trata-se apenas de treinar novamente o cérebro para fazer tudo de novo. Só queremos a antiga Lacey-Lee de volta – mas eu tenho sorte por termos pressionado para que ela fosse examinada novamente. Se isso não tivesse acontecido, segundo os médicos, ela acabaria tendo sintomas semelhantes aos de um derrame”, explicou.

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