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Uma mãe revelou que demorou para os médicos diagnosticarem o tumor cerebral de sua filha. Chloe Wright, de 26 anos, levou sua bebê, Esmai, de apenas 1 ano, várias vezes ao hospital, no entanto, a menina sempre era mandada de volta para casa, informou o site britânico Independent.

Segundo a moradora de Stoke-on-Trent, cidade localizada ao norte da Inglaterra, a pequena Esmai teve uma série de convulsões e a mãe chegou a gravar alguns desses episódios para compartilhar com os médicos. Toda vez que levava a filha ao pronto-socorro, no entanto, ela recebia um diagnóstico diferente e os especialistas insistiam que a menina estava "saudável". Após sucessivas idas ao hospital, a bebê finalmente foi diagnosticada com um raro tumor cerebral, chamado ependimoma anaplásico

Chloe Wright e Esmai (Foto: Reprodução Independent/Brain Tumour Research / SWNS))

Chloe Wright e Esmai (Foto: Reprodução Independent/Brain Tumour Research / SWNS))

No início, em outubro de 2021, a mãe notou algo estranho no olhar da filha, que foi encaminhada para um hospital local, porém, foi enviada para casa logo em seguida. Mais tarde no mesmo dia, Esmai teve convulsões e foi levada para o Hospital Royal Stoke de ambulância. Lá, foi feito um vídeo da pequena tendo convulsões que a mãe compartilhou com os médicos. No entanto, eles voltaram a reforçar que a menina estava bem.

No outro dia, a pequena mais uma vez foi filmada com um quadro semelhante de convulsão. "Passamos por um ciclo que Esmai tinha convulsões e eu filmava e mostrava para a equipe médica quando íamos ao hospital", lembrou a mãe. “Toda vez que víamos um médico, tínhamos um diagnóstico diferente e, a cada vez, nos diziam que ela estava perfeitamente saudável e que deveríamos aguardar a carta de encaminhamento”, acrescentou.

Diante da situação, Chloe ficou revoltada. “Obviamente, estou muito brava por ter demorado tanto para diagnosticar minha filha. Não é comum na idade dela ter convulsões”, desabafou. Ela ressaltou que sabia que Esmai não estava bem e ficou decepcionada por suas preocupações serem descartadas. "Eles poderiam ter seguido um caminho diferente se tivessem feito o diagnóstico antes. Tive que lutar porque sabia que algo não estava certo. Sabia que minha bebê não estava bem e perguntei ao médico se ele poderia fazer alguma coisa, mas ele disse que não havia nada de errado com ela. Eu estava com raiva porque ninguém estava me ouvindo", declarou.

Após os episódios de convulsão, Esmai foi diagnosticada com um grande tumor no cérebro e segue em tratamento contra a doença. "Minha filha está em quimioterapia agora, a cada duas semanas por um ano", explicou a mãe. “Temos nossos dias bons e ruins, mas acho que isso poderia ter sido evitado", apontou. “Os médicos disseram que ela precisaria de pelo menos um ano de tratamento quimioterápico e que o tumor é bem grave, com uma taxa de sobrevivência de 50%”, acrescentou.

A pequena Esmai vai continuar as sessões de quimioterapia até novembro e, se o tumor crescer, a família vai explorar outras opções de tratamento com radioterapia.

Sobre a demora no diagnóstico do tumor, a enfermeira-chefe Ann-Marie Riley, do University Hospitals of North Midlands NHS Trust (UHNM), que administra o hospital Royal Stoke, comentou: “Entendemos que é uma experiência extremamente angustiante para qualquer pai quando seu filho está doente e lamentamos muito sobre o serviço que a senhora Chloe e sua filha receberam aqui no UHNM". A porta-voz continuou:“É nosso objetivo fornecer os mais altos padrões de atendimento possíveis e estamos em contato com a mãe para que possamos investigar completamente suas preocupações e resolver quaisquer problemas".

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