• Por Nathalia Fabro
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Inhame (Foto: Elisa Correa / Editora Globo)

O inhame é um caule subterrâneo praticamente redondo e tem casca com mais pelinhos (Foto: Elisa Correa / Editora Globo)

Com formato arredondado, casca marrom e polpa mais clarinha, o inhame e o cará são vegetais extramente parecidos e muito consumidos pelos brasileiros. Mas você sabia que eles não são o mesmo alimento?  

Ambos ingredientes são caules subterrâneos. No entanto, o inhame (Colocasia esculenta) é um tubérculo que pertence à família das aráceas, é menor e tem casca mais peluda. Já o cará (Dioscorea alata) é um tubérculo da família das dioscoreaceae e costuma ser mais comprido.

A confusão tem origem histórica: começou no início do século 16, quando os portugueses trouxeram para o Brasil o inhame, que é originário da Ásia e da Oceania. No Nordeste, onde a colonização tomou partida, o alimento passou a ser confufido com o cará. 

O cará é um vegetal mais comprido e tem poucos pelinhos na casca (Foto: Manoel J. Silva/Wikimedia Commons)

O cará é um vegetal mais comprido e tem poucos fiapos na casca (Foto: Manoel J. Silva/Wikimedia Commons)

“O cará ganhou o nome de inhame como uma onomatopeia da palavra ‘nham’, que remete às palavras fome ou comer em línguas africanas”, explica Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças. Houve uma tentativa de padronização internacional, alterando o nome de inhame para "taro", mas a mudança não pegou.

O inhame possui vitaminas A, C e do complexo B e proteínas. “Os minerais como potássio, fósforo, magnésio, cálcio também estão presentes em sua composição, além de um bom teor de fibras”, diz Alessandra Luglio, nutricionista da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). O cará também é bastante nutritivo: apresenta maior concentração de fibras, é rico em carboidratos e tem poucas calorias.