Como prévia da 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Economia Digital (DEWG, na sigla em inglês) do G20 aconteceu o AI Summit, como um evento oficial do T20 (Think 20), no contexto dos debates do G20, focado na transformação digital inclusiva. O Summit foi organizado pelo Data Privacy, CEBRI, Ceweb, nic.br e eg.br, patrocínio da Microsoft. Os temas debatidos foram a AI para desenvolvimento humano e inclusivo com sustentabilidade da IA, governança global e local da IA e a IA generativa. Sendo o tema IA uma das prioridades da presidência brasileira do G20, participaram atores dos diferentes grupos de trabalho: C20 (sociedade civil), T20 (think tank), W20 (mulheres), L20 (trabalho), B20 (representantes empresariais/business). Gostaria de destacar alguns temas: 1. Participação de grandes empresas como Microsoft, Meta e OpenAI, que discutiram novas ferramentas e cuidados com impacto social e ambiental e diversidade, nesta construção, atenta para os desafios de vieses. Desafio é ver a concentração destas tecnologias nas mãos 3-5 grandes empresas (big techs) e como cuidar para que não aprofundem desigualdade. E mesmo que tenhamos regulações locais é difícil forçarmos organizações globais a seguir estas regras. 2. Atenção ao paradoxo: IA e mudanças climáticas A IA prove modelos estatísticos e volume de dados que permite gerar ciência e alertas para as mudanças climáticas. Ao mesmo tempo que cada vez que usamos mais a IA e para seu processamento usamos muita energia, consequentemente geramos um problema climático. Brasil deveria pautar o uma IA sustentável. 3. Regulação: Acompanhar a regulação europeia, americana, inglesa e as especificidades da brasileira, ao mesmo tempo que não queremos que este processo paralise inovação e oportunidades para exponencializar impacto para problemas sociais. 4. Novas ferramentas: surgem a cada dia com oportunidade em todos os campos: na educação, na medicina, nas artes, o que gera um debate rico de palestrantes da academia, das ciências exatas às ciências humanas e às artes plásticas. 5. Riscos e cuidados: nos temas da representatividade dos dados, como garantir envolvimento de populações diversas, com atenção para os viés de discriminação. Atenção à tecnologia da vigilância, cyber segurança, proteção de dados, uso enorme de energia para rodar estes dados, desafios no mercado de trabalho e riscos nos processos democráticos. Atenção às populações mais vulneráveis que não terão acesso no curto prazo às ferramentas da inteligência artificial. Como Instituto Beja, acreditamos que filantropia e sociedade civil tem que estudar e atuar neste tema para não perder esta oportunidade de gerar impacto social exponencial, sem esquecer dos riscos e da recomendação de uma IA inclusiva trazendo raça, gênero e etnicidade no desenho destas ferramentas. Alerta da prof. Rosangela Hilário, FEUSP/USP/Univ. Federal de Rondônia, Membra do GAEPE/Igualdade Racial e da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas: "Nada sobre nós sem nós".
Que demais Celia Cruz . Show
Ótimas considerações, Celia Cruz. Essa agenda relevante precisa chegar às Universidades e Colégios do país. Que as atuais lideranças estejam atentas em formar futuros líderes comprometidos com uma sociedade que produza soluções exponenciais, sustentáveis e inclusivas.