'A Casa das Sete Mulheres' marcou a estreia de Werner Schünemann e Camila Morgado na TV Globo. Os atores receberam críticas favoráveis.
A empatia do público com a atriz Camila Morgado e sua Manuela foi tamanha que chegaram à Rede Globo dezenas de cartas e e-mails pedindo que a personagem terminasse a história ao lado de seu grande amor, Garibaldi. Nívea Maria também foi muito elogiada pelo seu desempenho como a amarga Maria, mãe de Manuela, Rosário e Mariana.
Nívea Maria, Samara Felippo, Daniela Escobar e Bete Mendes em A Casa das Sete Mulheres, 2003 — Foto: Gianne Carvalho/Globo
Para a reconstituição dos fatos históricos foi realizada uma pesquisa rigorosa, envolvendo todas as áreas da produção. Ainda assim, alguns historiadores criticaram a forma pela qual a minissérie retratou a Guerra dos Farrapos, idealizando o líder gaúcho Bento Gonçalves. Segundo eles, a produção da TV Globo mostrava Bento Gonçalves como um homem decidido a acabar com as injustiças sociais, enquanto que lutavam ao lado do Império eram apresentados como vilões. A geografia do Rio Grande do Sul apresentada pela minissérie também foi alvo de críticas. Na trama, regiões que estavam a centenas de quilômetros de distância pareciam próximas.
Elogiada pela fotografia, que ressaltou paisagens da Serra Gaúcha, e pelas bem produzidas cenas de batalha, 'A Casa das Sete Mulheres' obteve altos índices de audiência. A boa repercussão da minissérie alavancou a venda do romance de Leticia Wierzchowski, lançado em abril de 2002. Em apenas três semanas, o livro vendeu mais de 30 mil exemplares.
Carla Regina, Juliana Thomas, Sabrina Greve, Christiane Tricerri e Rosi Campos em A Casa das Sete Mulheres, 2003 — Foto: Gianne Carvalho/Globo
Dizia-se que Bento Manoel Ribeiro (Luis Melo), um dos personagens não fictícios da Guerra dos Farrapos, tinha um pacto com o Diabo. Sua relação com Teiniaguá (Juliana Paes), que seria uma princesa moura transformada pelo Diabo em uma lagartixa encantada, foi inserida na narrativa a partir do conto 'A Salamanca do Jarau', de Simões Lopes Neto.
As cenas de 'A Casa das Sete Mulheres' tornaram-se uma série comemorativa de cartões telefônicos, e o livro A Revolução Farroupilha Através da Minissérie 'A Casa das Sete Mulheres', de Valentina Nunes, (Editora Globo, 2003) registrou a herança da história por meio de suas imagens.
'A Casa das Sete Mulheres' foi reapresentada entre 15 de agosto e 22 de setembro de 2006. Dois anos antes, em 2004, a minissérie foi lançada em DVD.