Cotações

Por Camila Souza Ramos, Valor — São Paulo

Os contratos do açúcar demerara negociados na bolsa de Nova York com vencimento em outubro (os de maior liquidez) fecharam com alta de 0,79%, ou 14 pontos, a 19,16 centavos de dólar a libra-peso. A alta foi amparada pela queda do dólar ante o real, o que desestimula das exportações brasileiras.

Os investidores também estão de olho no desenvolvimento do clima no Centro-Sul do Brasil No acumulado da safra 2024/25 da região até maio, a produtividade dos canaviais ficou 3,5% abaixo do registrado no mesmo período da temporada anterior, segundo relatório de ontem do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

Recentemente, alguns executivos da indústria açucareira do Brasil indicaram que acreditam em uma alta dos preços da commodity. Em nota, o banco JP Morgan projetou um cenário semelhante. "Os preços do açúcar estão projetados para subir em meio à estagnação da oferta após anos de subinvestimento ao longo dos setores de açúcar, etanol e beterraba, em meio ao crescimento consistente da demanda", afirmou. "Agora um declínio no volume de cana no maior produtor e exportador Brasil, além das condições ecas estão compondo o balanço de déficit de mercado", concluiu.

Também na bolsa de Nova York, os preços futuros do cacau recuaram conforme os investidores equilibram a visão de aperto na oferta e de sinais de que a demanda deve começar a retrair. Os contratos da amêndoa para setembro, os de maior liquidez no momento, recuaram 1,66%, para US$ 8.905 a tonelada.

A Nestlé declarou à agência "Bloomberg" que a demanda deve começar a cair por causa dos altos custos do cacau. Segundo Mark Davies, diretor geral da Nestlé no Reino Unido e na Irlanda, disse que os consumidores ainda não estão pagando um chocolate que reflete os preços que chegaram em abril a superar os US$ 11 mil a tonelada, mas que em algum momento as indústrias teriam que repassar os custos.

Ao mesmo tempo, as indicações da oferta ainda são de aperto. Excesso de chuvas e doenças, como o vírus do inchaço dos brotos, reduziram as chegadas de cacau nos terminais de exportação na Costa do Marfim, conforme aponta o site internacional da cotações Gro Intelligence.

Entre as demais soft commodities negociadas na bolsa nova-iorquina, os contratos do café arábica com vencimento em setembro (os de maior liquidez) mudaram de direção no meio do pregão e fecharam no vermelho, com queda de 2,32%, ou 5,35 pontos, a US$ 2,25 a libra-peso; os contratos do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) com vencimento em setembro (os de maior liquidez) subiram 1,33%, a US$ 4,2785 a libra-peso; e os contratos do algodão mais negociados, com vencimento em dezembro, recuaram 0,56%, a 72,21 centavos de dólar a libra-peso.

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