As cotações da soja subiram no pregão desta sexta-feira (21/6) na bolsa de Chicago com movimentos técnicos, em meio a incertezas com a próxima safra americana. Os contratos da oleaginosa com vencimento em julho subiram 0,45%, para US$ 11,605 o bushel.
Para Ana Luisa Lodi, analista da StoneX, os traders cobriram posições vendidas após quedas no preço da soja ao longo da semana. Ela lembra que muitos traders estão acompanhando a onde de calor nos EUA, mas acredita que a situação das lavouras ainda está melhor do que a média histórica.
Os EUA vivem uma bolha de calor em diversas regiões, principalmente no leste do Meio-Oeste. Um relatório do Departamento de Agricultura do país (USDA) sobre seca mostrou que, na semana encerrada dia 18, a área de cultivo de soja sob situação de seca aumentou para 2%.
Além disso, o órgão americano também informou que os exportadores americanas elevaram o volume de soja comercializado com o exterior na semana encerrada dia 13 em 48% em relação à semana anterior e em 89% em relação à média das quatro semanas anteriores.
Ao mesmo tempo, os contratos do milho negociados em Chicago com vencimento em julho fecharam em queda de 1,08%, a US$ 4,35 o bushel.
“Está tendo uma divergência entre o modelos [climático] americano e o europeu”, observa Lodi. Essa disparidade de informações pode estar alimentado comportamentos não alinhados nos mercados, avalia. Para a analista, os mercados de soja e milho “ainda têm cenário de oferta confortável e sem grandes riscos”, enquanto “o comportamento da demanda está mais previsível”.
Os contratos do trigo com vencimento em julho encerraram o pregão com recuo de 1,96%, a US$ 5,615 o bushel.
A Rússia, maior exportador mundial de trigo do mundo, vai reduzir a tarifa de exportação do cereal enquanto aumenta o preço-base para o cálculo da tarifa. A medida foi criada para subsidiar os produtores locais.
Segundo a agência russa Interfax, o ministério da agricultura do país propôs uma redução de 9,5% na tarifa, para 2.492,80 rublos por tonelada a partir de 26 de junho. Ao mesmo tempo, o ministério aumentou o preço base sobre o qual incide a tarifa, de US$ 235,60 a tonelada para US$ 235,80 a tonelada. O ministro Oksana Luthm disse que o preço-base para o cálculo das tarifas, deve ser elevado em 1.000 rublos por tonelada a partir de 1 de julho.