Cotações

Por Paulo Santos — São Paulo

Após uma sequência de oito quedas consecutivas na bolsa de Chicago, o trigo avançou de forma expressiva nesta quinta-feira (27/6). Os contratos com entrega para julho fecharam em alta de 3,42%, cotados a US$ 5,5975 o bushel.

“Além de uma recuperação técnica, tivemos alguns dados que contribuíram para esse movimento [de alta], como a redução na área plantada de trigo no Canadá, e ainda o aumento das vendas nos EUA, uma vez que os preços baixos estimularam as negociações”, destaca Jonathan Pinheiro, analista de gestão de risco de StoneX.

Nesta quinta, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que as vendas líquidas de trigo no país atingiram 667,2 mil toneladas no período de sete dias encerrado em 14 de junho. O volume negociado cresceu 13,1%, e também ficou acima das expectativas de analistas, que esperavam, no máximo, 600 mil toneladas.

Ainda na avaliação de Pinheiro, a sequência de quedas foi considerada exagerada. "Os preços chegaram perto das mínimas. Por mais que tenha entrada da safra neste momento, o mercado ficou muito sobrevendido, por isso já se imaginava uma correção", diz Pinheiro.

A reação no trigo pode ter "vida curta" em Chicago, caso as apostas de analistas para os números de safra dos EUA se concretizem. O USDA divulgará nesta sexta (28), novas projeções de área e estoques.

Analistas apostam em uma média de 19,25 milhões de hectares de trigo semeados nos EUA em 2024/25, em comparação com 20 milhões de hectares no ciclo passado e 19,22 milhões estimados pelo órgão, em março.

Para os estoques, a aposta é para um volume de 18,56 milhões de toneladas em 1° de junho, versus 15,51 milhões registrados em igual período do ano passado. Em março, o USDA estimou 29,58 milhões de toneladas.

A soja fechou em queda na bolsa, com agentes de mercado também à espera de dados sobre estoques e área nos EUA. Os contratos da oleaginosa para julho recuaram 0,90%, a US$ 11,5225 o bushel.

Os investidores não tomaram posições arriscadas na sessão desta quinta, enquanto aguardam informações sobre a safra americana. Existe a expectativa de que o Departamento de Agricultura dos EUA elevará o número de área plantada e de estoques no país.

De acordo com apostas de analistas, o órgão deve indicar 35,15 milhões de hectares para a soja, na comparação com 33,83 milhões no ciclo passado. Em março, a indicação era de 35,01 milhões de hectares.

Em relação aos estoques, as reservas em 1° de julho devem atingir 26,05 milhões de toneladas, acima das 21,66 milhões de toneladas observadas no mesmo período do ano passado.

A soja também foi penalizada por dados fracos em relação à demanda. O saldo líquido de vendas da temporada 2023/24 somou 282,90 mil toneladas na semana encerrada em 14 de junho, disse o USDA. O volume negociado caiu 49% em relação à semana imediatamente anterior.

A sessão também foi de preços mais baixos para o milho. Os contratos para julho fecharam em queda de 1,49%,com o valor de US$ 4,1375 o bushel.

A demanda por milho dos EUA cresceu, mas em um ritmo aquém do ideal. O saldo líquido de vendas do cereal ficou em 542,2 mil toneladas na semana finda em 14 de junho, aumento de 6% em relação à sete dias atrás, porém uma queda de 39% se comparado com a média das últimas quatro semanas, disse o USDA.

Também há entre os agentes expectativas para a safra americana, no relatório que será divulgado pelo departamento americano na sexta.

Analistas preveem que a área destinada ao milho nos EUA deve cair de 39,11 milhões de hectares em 2022/23, para 36,53 milhões de hectares nesta temporada. Em março, a indicação do USDA foi de 36,44 milhões de hectares.

Em relação aos estoques, a posição das reservas em 1º de junho deve ser de 123,63 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, o volume chegou a 104,22 milhões de toneladas. Em março, o USDA indicou 212,03 milhões de toneladas.

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