Nesta quarta-feira, 03, o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, localizado em Goiás, foi incluído no Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU) como o o primeiro TICCA (Territórios e Áreas Conservadas por Comunidades Indígenas e Locais) do Brasil.
O título é reconhecido a comunidades que possuam profunda conexão com o local que habitam. Estima-se que o quilombo Kalunga tenha sido criado há mais de 300 anos – realizando o plantio com base no conhecimento ancestral e de baixo carbono. As áreas cultivadas são usadas por até 4 anos e depois ficam descansando por 10 anos.
![Território Kalunga é primeiro do Brasil reconhecido em programa ambiental da ONU (Foto: Foto: Elder Miranda Jr/AQK) — Foto: Glamour](https://cdn.statically.io/img/s2-glamour.glbimg.com/vrrIdzMqfcX4yDlQx7HnMWpcni0=/0x0:607x426/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/m/a/RpoacjR4mLsgk8VU4jrQ/2021-02-05-territorio-kalunga-1.jpg)
Tornar-se TICCA é um reconhecimento global e o povo Kalunga foi o primeiro do Brasil a conseguir o feito. O território é formado por 39 comunidades em uma área de mais de 261 mil hectares – abrangendo municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre.
![Território Kalunga é primeiro do Brasil reconhecido em programa ambiental da ONU (Foto: Foto: Elder Miranda Jr/AQK) — Foto: Glamour](https://cdn.statically.io/img/s2-glamour.glbimg.com/uRef03pWQ4rLCj-dkh5lNWiv5rI=/0x0:607x426/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba3db981e6d14e54bb84be31c923b00c/internal_photos/bs/2021/1/L/XcYSoMRKA024xYAtWbSg/2021-02-05-territorio-kalunga-2.jpg)
“É com muito orgulho que recebemos a notícia de que o Território Kalunga, um dos maiores do Brasil, foi reconhecido pela ONU como TICCA, como um território preservado. Isso significa que aqui ainda temos muitos frutos, muita natureza e muitas belezas conservadas. Como representante, me sinto honrado com esse reconhecimento internacional. Acredito que agora teremos mais parceiros para nos ajudar na luta pela conquista de todo o nosso território, que ainda não foi inteiramente desapropriado”, escreveu Jorge Moreira de Oliveir, presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK).
A esperança do povo Kalunga é que o título auxilie na proteção do território contra ameaças externas, já que agora têm em mãos uma validação das Nações Unidas que comprova a preservação no território.