Moda
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Por Thalita Peres (@thalita__peres)

Um dos estilistas mais importantes da moda, Christian Dior (1905-1957) ganhou uma série documental chamada The New Look, que entrou no catálogo da Apple TV.

O nome não é incomum para os fashionistas: em 12 de fevereiro de 1947, o estilista entrou para a história ao recuperar a feminilidade extrema perdida durante a escassez da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ao apostar em modelagem com ênfase na cintura, metros e metros de tecidos nobres, cintura-ampulheta e peças volumosas durante o seu primeiro desfile como marca homônima, na alta-costura. O termo foi gravado por Carmel Snow, respeitável editora de moda.

Tailler Bar, peça icônica de Christian Dior, em 1947 — Foto: Getty Images
Tailler Bar, peça icônica de Christian Dior, em 1947 — Foto: Getty Images

O legado do francês, nascido na Normandia, começou com o tailler Bar, conjunto de jaqueta e saia, que até os dias de hoje é revisada nas apresentações da maison, e que, na ocasião, demorou 150 horas para ficar pronta. O nome, curioso, é uma homenagem ao bar do hotel Plaza Athénée, recém-inaugurado na capital parisiense. Brigitte Bardot, Marlene Dietrich, Edith Piaf, Lee Radziwill e a princesa Grace de Mônaco são apenas algumas das celebridades que difundiram o tailler Bar ao redor do mundo.

As mulheres que saíram de casa para acompanhar a apresentação solo de Dior foram surpreendidas novamente: o cheiro que perfumava o ambiente. A fragrância Miss Dior também foi lançada, como uma forma de marcar a data tão importante, foi inspirada por Catherine Dior, irmã do designer, que integrou a Resistência contra o regime nazista de Aldof Hitler. Anos depois, ganhou a versão vestido em que contava com mil flores bordadas.

Vestido Miss Dior com mil flores bodadas — Foto: Reprodução
Vestido Miss Dior com mil flores bodadas — Foto: Reprodução

Pulando para os anos 1990, uma bolsa caiu no gosto das celebridades marcando uma geração. Ainda que não desenhada por Dior, a it bag Lady Dior tem prespontos remetem à palha trançada das cadeiras em estilo Napoleão III que escolheu para decorar seu ateliê. O nome original era Chouchou, mas em 1995, foi rebatizada em homenagem a princesa Diana (1961-1997), que desceu de um avião com a bolsa na mão. O resto é história.

Princesa Diana segurando a bolsa Lady Dior, em 1995 — Foto: Getty Images
Princesa Diana segurando a bolsa Lady Dior, em 1995 — Foto: Getty Images

Desde 2016, quem comanda da Dior, que integra o conglomerado LVMH desde 1984, é Maria Grazia Chiuri, a primeira mulher no cargo de diretora criativa. Com peças focadas no feminismo - Quem aqui não se lembra das camisetas com a escrita We should all be feminist (Todos nós devemos ser feministas) desfiladas na semana de moda? -, a italiana segue a cartilha da maison focada no luxo, na praticidade e no entendimento da mulher contemporânea.

Maria Grazia Chiuri no desfile da Dior na alta-costura 2024 — Foto: Getty Images
Maria Grazia Chiuri no desfile da Dior na alta-costura 2024 — Foto: Getty Images

Anteriormente, a maison já havia sido comandada por Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano e Raf Simons.

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