Anticoncepcional exposto a altas temperaturas perde a eficácia? Especialista explica polêmica que está rondando a internet

“Em geral, as bulas recomendam armazenar o anticoncepcional em temperaturas de 15 a 30 graus. Caso ocorra exposição a uma temperatura mais elevada, especialmente se for um tempo prolongado, pode haver problemas”, explica a médica. “Talvez os comprimidos fiquem moles, esfarelem e não seja possível ingerir a dose total. As moléculas de hormônios também podem se quebrar – nesses dois cenários pode acontecer uma falha. E falha quer dizer risco de gravidez”, conclui Helga.

Outra preocupação levantada na publicação foi se o armazenamento das pílulas em bolsas e mochilas também seria um fator de risco para a conservação do medicamento. A ginecologista esclarece que existe a possibilidade de a alteração do ambiente não ser o suficiente para causar as modificações citadas, mas de maneira mais prática, especialmente se a pílula ficou exposta a muito calor e por tempo prolongado, a recomendação é que a cartela seja substituída por uma que não ficou “cozinhando” no sol. De modo geral, seguir advertências explícitas na bula, é sempre o melhor caminho.

Para além dos cuidados relacionados à temperatura das cartelas, a Dra. Helga também reforça a atenção à umidade: é preciso manter o remédio sempre seco. Além disso, no caso de vômitos ou diarreia, existe o risco de gravidez indesejada: “Com o aumento do trânsito intestinal, a absorção da pílula é reduzida. No vômito em até 4h da ingestão, o ideal é tomar outra pílula”, esclarece.

Quando não há o desejo de engravidar, as opções para a proteção são muitas: métodos sem hormônios, com hormônios, injeção, pílula, anel, implante, diu, camisinha, diafragma, laqueadura, vasectomia. Consulte um ginecologista para decidir o melhor método para cada fase da sua vida.