Pele
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De repente, umas manchinhas, uma linha fina e a pele já não está mais tão durinha quanto antigamente. Se tudo der certo, isso acontecerá e não é necessário temer as mudanças que ocorrem na aparência com o envelhecimento. “Mas é importante saber que todas essas modificações podem ser atenuadas se o paciente se cuidar desde cedo. Então, a alimentação, os hábitos de vida, a atenção que ele dá à hidratação e à proteção solar, tudo isso tem um peso para envelhecer de forma saudável”, explica a dermatologista Mônica Aribi. Abaixo, a médica explica o que acontece em cada década, dos 30 aos 60 anos, e o que pode ser feito para tratá-la adequadamente:

30 ANOS

O que muda? “O que muda é principalmente a forma como as glândulas sudoríparas e mesmo as sebáceas formam o manto hidrolipídico que a recobre. Com a estabilização da parte hormonal, a produção sebácea e aquosa passa a ser menor, portanto, já se faz obrigatório o uso de um hidratante ao menos. Isso ameniza a acne que pode diminuir em grau ou até desaparecer em alguns casos. Nos indivíduos que isso não ocorre, o quadro já passa a se chamar Acne da Mulher Adulta e poderá ser necessária a intervenção de um endocrinologista”, diz a médica.

O que ameniza? A médica sugere fazer limpeza de pele de 3 em 3 meses no mínimo. “Também indico Hydrafacial, uma tecnologia usada para tirar todas as impurezas e aumentar a hidratação, também de 3 em 3 meses no mínimo, e até o uso de alguns lasers como Gênesis, que fecha os poros, e luz intensa pulsada que desinflama a pele”, explica Mônica.

40 ANOS

O que muda? A questão aqui é a produção de colágeno. “Ela fica bem prejudicada e começamos a perceber sinais de flacidez de pele, principalmente na região das pálpebras”, comenta a médica. “Também nessa faixa etária já vemos sinais de manchas ou até formação de melasma, provenientes de uma falta de proteção solar nas faixas etárias anteriores”, acrescenta.

O que ameniza? O uso apenas do hidratante já não é suficiente nessa faixa etária e a médica diz ser necessária a aplicação de cremes ou loções à base de vitaminas e substâncias formadoras de colágeno, tais como a vitamina C, ácido ferúlico etc. “No caso das manchas, devemos usar procedimentos à base de laser Q-Switched (que elimina as manchas, mas também ajuda a formar colágeno). Podemos também realizar toxina botulínica para não deixar que as rugas de expressão frisem a pele. Isso é, usar profilaticamente, de 6 em 6 meses. E em alguns casos já começarmos a fazer preenchimento com ácido hialurônico, pois apesar de durarem pouco, os trabalhos mostram que seu uso pode impedir a piora da ruga. Isso porque existe uma pequena formação de fibrose ao redor dele”, explica a dermatologista.

50 ANOS

O que muda? Segundo a dermatologista, nessa fase da vida a produção de colágeno fica ainda mais baixa e a transição entre a face e o pescoço já não fica nítida, com uma queda na estrutura da face. “Começa a surgir uma leve papada e bolsas palpebrais. Algumas pessoas começam a ter mais manchas, mas do tipo melanose solar, fruto do sol que tomaram anteriormente (até na infância)”, explica.

O que ameniza? Nesse quadro, a médica recomenda o tratamento domiciliar com ácidos, como o glicólico, e em menor vezes o retinóico, à noite. “Pela manhã, o uso de hidratantes mais densos para melhor a cobertura e umectação da pele. Do ponto de vista de procedimentos nesse momento, podemos lançar mão de sessões de ultrassom micro e macrofocado (Ultracell Q+ por exemplo) de duas a três vezes ao ano. Também podemos fazer a aplicação de substâncias produtoras de colágeno chamadas bioestimuladores de colágeno (hidroxiapatita de Cálcio, ácido poli-L-láctico). Em alguns casos, é muito interessante a colocação de fios de sustentação que, além de tracionar a pele e levantá-la, faz formação de colágeno por meio do material que esses fios são constituídos. Em geral, duram de 6 meses a 1 ano”, recomenda.

60 ANOS

O que muda? A produção de colágeno já chega quase a zero, com piora da flacidez e formação de rugas estáticas, segundo a médica. A barreira da pele também fica comprometida, por conta da dificuldade natural em formá-la, o que compromete a sua hidratação.

O​​​​​​ que ameniza? “Nesse período, o dermatologista pode usar uma combinação de todos os procedimentos usados nas fases anteriores, além de usar lasers mais efetivos (fortes) para rejuvenescimento. Esses lasers trabalham em picossegundos ou em nano modificado, podendo se assimilar a um resultado de laser de CO2 melhorado. Também podemos usar radiofrequência fracionada (Morpheus) com resultados ótimos e duradouros. No pós-procedimento dessas tecnologias, a pele pode ficar vermelha, o que pode ser amenizado com o uso de máscaras calmantes, que ajudarão a hidratar a pele”, finaliza Mônica Aribi.

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