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Por Redação Glamour

Você já deve ter ouvido falar, inclusive por aqui, sobre o movimento Dry January. O "Janeiro Seco", em tradução literal, é um movimento anual que acontece no Reino Unido. A campanha propõem às pessoas que se mantenham sem consumir bebida alcoólica durante esses 31 dias com o objetivo de repensar a relação com a ingestão deste tipo de produto. Tudo começou em 2011 quando Emily Robinson, ex-CEO da Alcohol Change, organização não governamental que está por tr��s da Dry January, estava se preparando para uma meia maratona e, então, decidiu ficar sem consumir nenhum tipo de bebida alcoólica por um mês. Como consequência dessa decisão, Emily perdeu peso, dormiu melhor e se sentiu com mais energia.

Embora muitas pessoas se sintam estimuladas ao desafio e, assim como ela, notem benefícios na abstinência alcoólica, a missão pode ser difícil para outras. E, em alguns casos, até fonte de gatilhos para compulsões posteriores. O autoconhecimento é muito importante neste momento de decisão e, diante dessas reflexões, surgem novos conceitos, como o do "Damp January".

Em tradução literal também, seria algo como "Janeiro úmido". A proposta é que em vez do corte radical, as doses sejam limitadas; outra maneira de estabelecer uma dinâmica mais saudável em relação aos drinques. "Para a maior parte das pessoas, a ideia binária não ajuda muito", diz Ian Hamilton, professor associado especializado em vícios do Departamento de Saúde e Ciências da University de York ao jornal The New York Times. No lugar disso, experts defendem que o conceito de redução pode ser mais sustentável a longo prazo.

Os efeitos do álcool no organismo

Além de questões comportamentais, em que o uso do álcool é feito apenas para se sentir aceito ou confortável em alguma ocasião, ou do agravamento de problemas como ansiedade e depressão, o consumo excessivo de bebida alcoólica também pode acarretar uma série de problemas físicos de saúde – e que, vale lembrar, não estão restritas apenas ao diagnóstico de alcoolismo.

“A gente tem uma lista de mais ou menos 200 doenças e lesões que podem ser causadas pelo álcool, tanto mentais quanto físicas. Entre os exemplos, estão o câncer de estômago, câncer de boca, de laringe, de fígado, cirrose e várias doenças cardiovasculares”, alerta a psiquiatra Danielle Admoni.

“O álcool é uma substância tóxica, principalmente por conta do etanol. Aí essa toxicidade causa uma série de danos e efeitos nocivos no corpo humano, especialmente quando é consumido em excesso e de uma forma crônica todos os dias”, adiciona a nutricionista Cynthia Howlett, que alerta que o fígado é o primeiro a ser prejudicado pelo excesso de bebida alcóolica.

"Com o passar dos anos, o fígado começa a diminuir a metabolização das substâncias. Então, essas toxinas do álcool e de outras substâncias acabam ficando mais tempo na corrente sanguínea e os efeitos da ressaca acabam sendo piores”, complementa Danielle.

Damp January é alternativa ao Dry January (Foto: getty Images) — Foto: Glamour
Damp January é alternativa ao Dry January (Foto: getty Images) — Foto: Glamour

Outra consequência é o estímulo de quadros inflamatórios, que fazem com que a gente retenha líquidos e sinta inchaço, como também assista à piora de outros quadros prévios, como acne e as dermatites. Além disso, o álcool ainda tem efeito vasodilatador, o que pode alimentar rosáceas. “Ele também é um dos responsáveis pelos olhos inchados depois da balada", conta Patrícia.

O quanto podemos beber sem riscos?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o consumo moderado de álcool sem riscos é de uma dose diária para as mulheres, sempre com intervalo de, no mínimo, dois dias sem beber. Logo, a redução para valores assim já demonstra benefícios diante do consumo desenfreado.

A dose padrão, por sua vez, é de 10g. "O equivalente seria, por exemplo, 330ml de cerveja com 4% de teor alcoólico, 100ml de vinho a 12% ou 30ml de bebida destilada a 40%", explica nutróloga Cristine Coelho.

O drinque importa?

Sim! Tudo importa, desde a quantidade de taças até a composição do drinque. E, como já comentamos, a escolha dessa bebida também faz com que isso fique mais ou menos evidente. “Quanto maior for o teor alcoólico das bebidas, mais fortes são os efeitos”, comenta Patrícia.

Segundo as médicas, bebidas com muito açúcar também desencadeiam o aumento de insulina no organismo. "Ele causa alterações que deixam as células menos flexíveis e, consequentemente, conferem uma aparência abatida, cansada.”

Os destilados são as melhores opções neste caso. Gin, vodca, tequila e rum, misturados a frutas, refrigerantes sem açúcar e club soda, por exemplo.

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