Cabelo
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Por Redação Glamour

Quem acompanha Vai na Fé, novela das 19h da TV Globo, deve ter notado o apego de Marlene, interpretada pela atriz Elisa Lucinda, à peruca. O motivo, até então, não tinha sido compartilhado com o público, mas a coluna Patricia Kogut, do jornal O Globo, revelou na última semana o que a personagem tanto temia: expor as falhas no cabelo causadas pela alopecia.

Caracterizada pela maquiadora Lu Moraes, as primeiras imagens exibem Marlene emocionada ao se olhar no espelho. A alopecia é uma doença que causa rarefação, diminuição, queda ou ausência de cabelos e pelos, explica a tricologista e terapeuta capilar integrativa Josi Helena. Existem vários tipos de alopecias identificadas cientificamente, mas as mais comuns são androgenética, efluvio telógeno, areata, por tração, cicatricial e frontal fibrosante.

Os desdobramentos do caso devem seguir ao longo da trama, mas jogar luz a uma doença que acomete milhões de brasileiros, com grande incidência em mulheres negras, é importante para a conscientização sobre o assunto. Glamour conversou com duas especialistas para desmistificar as causas e tratamentos da alopecia.

Quais são os tipos e as causas da alopecia?

“Existem várias. A alopecia androgenética tem origem genética, está associada aos níveis de hormônio masculino no sangue e gera uma miniaturização dos pelos. A alopecia areata está relacionada às doenças autoimunes e gera falhas arredondadas em todas as regiões que crescem pelo. As cicatriciais são mais raras, acontecem após um processo inflamatório que danifica o folículo piloso e impede o crescimento do cabelo na região. A frontal fibrosante tem maior incidência entre as mulheres, principalmente após a menopausa, e gera a perda do cabelo na parte frontal dos fios, dando a impressão do aumento da testa. Por fim, a de tração é comum em mulheres que usam penteados presos por períodos prolongados, caso de tranças ou mega hair. A alopecia também pode ser causada por evento emocionais, como a gestação, a falta de vitaminas e problemas de tireoide”, explica a dermatologista Hadassa Barros.

É possível tratar os quadros de alopecia?

“Os tratamentos vão variar de acordo com a alopecia identificada. Algumas podem ser revertidas, outras não, como no caso da androgenética. Entre as opções disponíveis para o tratamento da alopecia estão a cirurgia de implante, medicamentos e outras abordagens terapêuticas, com produtos tópicos ou terapias com correntes elétricas”, afirma Josi Helena, terapeuta capilar integrativa.

A alopecia de tração em mulheres negras: qual é a relação?


“Isso acontece por conta da tração gerada nos fios quando essas mulheres fazem algum tipo de penteados em períodos prolongados. As tranças, por exemplo, são uma das características culturais usadas por nós, mas a tração na raiz do cabelo pode gerar um processo inflamatório no couro cabeludo. Se ao trocar as tranças você percebe a raiz avermelhada, com edemas e caroços com pústulas, é preciso ficar atenta. Esse processo pode levar a uma lesão permanente no folículo piloso no bulbo capilar, por isso e orientação em variar os penteados ou deixar o cabelo solto. O uso de ativos tópicos que estimulam o crescimento e fortalecimento dos fios podem ajudar” explica a dermatologista Hadassa Barros.

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