Cabelo
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Por Renata Telles


O relaxamento é um dos tratamentos mais antigos para quem busca alisamento e redução do volume dos cabelos. O procedimento surgiu no Brasil nos anos 1980 e vem da palavra "relaxer", nome original do produto americano. Mas... Será que ainda vale apostar nessa transformação capilar? Ou é melhor adotar a escova progressiva? Para entender melhor as vantagens (e desvantagens) do relaxamento de cabelo, conversamos com o hairstylist Rodrigo Cintra e com o educador técnico e cosmetólogo Rodolfo Marques.

O que é relaxamento capilar?

"É um tipo de procedimento que tira o volume e muda a forma do fio de cabelo. Não precisa de escova ou chapinha para finalizar o processo, pois ele atua por ação química", explica Cintra.

Para qual tipo de fio ele é indicado?

Geralmente, para os fios cacheados e crespos, mas, segundo o hairstylist, também é indicado para quem possui cabelos lisos volumosos. "Ajuda a controlar as madeixas", diz.

O relaxamento alisa 100% dos fios?

Não. A técnica ajuda a deixar os cachos mais abertos, reduz o volume do cabelo e mantém as ondas mais naturais, mas não alisa totalmente.

De quanto em quanto tempo ele deve ser feito?

Em média, ele deve ser feito com intervalo de três a quatro meses. "Vai depender muito do tipo de relaxamento, do seu tipo de cabelo, do fabricante...", fala Cintra.

Quais são os tipos de relaxamento?

Existem duas classes de relaxamento, subdivididos em hidróxidos (guanidina) e tioglicolatos (tioglicolato de amônio). "O primeiro atua quebrando a cadeia interna do fio de cabelo e forma uma nova cadeia chamada de lantionização. Ele é muito forte e o índice de danificação das fibras é muito alto", explica Rodolfo. Já a segunda opção, é menos agressiva, mas ainda assim, perigosa. "Se não for neutralizado corretamente, danifica o fio por até 15 dias depois da química", completa ele.

O que pode acontecer com o meu cabelo se eu adotar o relaxamento?

Existem, sim, algumas desvantagens em realizar o relaxamento. "O procedimento danifica a fibra e pode provocar quebra no fio se forem manipulados de forma errada (pois provocam a quebra da estrutura capilar). Podem, ainda, queimar a pele e o couro cabeludo. Tem uma lista de incompatibilidade química muito alta, ou seja, não se pode, por exemplo, fazer uma descoloração em cabelos alisados com hidróxidos. O mesmo acontece com o Tioglicolato, por excesso de amônia", alerta cosmetólogo.

Cabelo liso (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Cabelo liso (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

Existe contraindicação?

"O ideal é que grávidas e lactantes evitem, pois são usadas químicas. Os obstetras não costumam indicar, pois pode haver, por exemplo, uma intoxicação ou alergia, prejudicando a gestação", diz Cintra. Fios que já possuem coloração merecem atenção especial. "Se tiver amônia, não pode fazer com hidróxido. Também não deve-se realizar o relaxamento e a coloração no mesmo dia. Há grandes chances de acontecer um corte químico e o cabelo cair", afirma o hairstylist.

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