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Por Juliano Ceglia — Rio de Janeiro

Quando está aquele dia chuvoso, com um friozinho que não dá vontade de sair da casa, o sono vem e parece mais um inimigo da atividade física. Mas para ter um bom desempenho esportivo nos treinos e melhorar nossa imunidade, ele é fundamental. Nós passamos cerca de um terço da nossa vida dormindo, mas isso não é desculpa para ficar deitado. Isso porque o sono atua diretamente no esporte liberando hormônios que ajudam na recuperação muscular.

- Existe uma fase de sono que é a N3, a fase de sono profundo, neste momento que produzimos o GH, que é o hormônio do crescimento. Ele que está responsável pelo nosso vigor físico, pelo nosso tônus muscular, para diminuir lesões das fibras musculares. Então é extremamente importante este hormônio na nossa rotina do dia a dia. Quem faz atividade física também terá um sono melhor - destacou a neurologista Andréa Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono, ao quadro Eu Atleta no Bem Estar.

Dormir bem é importante para a prática eficiente de esportes

Dormir bem é importante para a prática eficiente de esportes

A médica explica que os hormônios continuam atuando quando acordamos, por isso se exercitar pela manhã é mais indicado. Ou seja, o ideal seria fazer a atividade física depois do despertar.

- Muitos artigos atualmente falam não só na privação de sono e dormir pouco como também falam nos perigos de dormir muito. Indivíduos que precisam de nove ou dez horas de sono, isso aumenta o risco de doença no cérebro e doenças cardiovasculares - explicou Andréa.

Noite mal dormida tem relação direta com o desempenho ruim no treino — Foto: Getty Images

Quando nosso corpo é submetido aos estímulos que as atividades físicas impõem, é durante o período de recuperação e, particularmente durante o sono, que os benefícios adaptativos se processam. Noites mal dormidas, além de comprometerem seu ânimo e energia para o dia seguinte, minam um projeto de saúde.

- Em outras palavras, não nos adaptamos aos efeitos do treinamento enquanto treinamos, mas sim quando descansamos - ressaltou o fisiologista Turibio Barros, especialista do Eu Atleta.

Por isso, a quantidade de horas que se dorme é tão importante. A professora Mariana Lima, por exemplo, teve muitos anos de insônia e demorou a superar o problema.

Professora Mariana e o marido se exercitando: atividade física mudou sua relação com o sono — Foto: Reprodução TV Globo

- Meu marido falava que iria me arrumar um emprego de vigia, pois eu dormia umas três horas, depois acordava e quando estava na hora de acordar eu conseguia cochilar mais meia horinha, era horrível - contou.

A solução da Mariana foi largar a cama de lado e começar a se exercitar com regularidade. A partir daí, tudo mudou na vida dela. E para melhor:

- Hoje eu durmo oito horas profundamente, não acordo e sem remédio sem nada disso, só com exercício físico, na verdade - encerrou.

Confira nossa coleção! — Foto: divulgação

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