O Congresso Internacional de Obesidade 2024 (ICO 2024), que acontece entre 26 e 29 de junho, em São Paulo, trará como um dos destaques um estudo publicado na revista JAMA sobre o impacto do exercício físico em diferentes padrões de atividade. Leandro Rezende, coordenador e orientador permanente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP), autor do estudo, trará insights sobre os benefícios do exercício físico, seja ele concentrado em poucos dias ou distribuído ao longo da semana.
Exercício físico em casa — Foto: iStock
O estudo de Rezende analisou dados de 350.978 adultos nos Estados Unidos, coletados entre 1997 e 2013, e investigou a relação entre diferentes padrões de atividade física e taxas de mortalidade.
Os participantes foram classificados como fisicamente inativos ou ativos, com os ativos subdivididos em "guerreiros de fim de semana" (aqueles que concentram a atividade física em 1 a 2 sessões por semana) e "regularmente ativos" (os que se exercitam 3 ou mais vezes por semana).
As descobertas revelaram que não há diferença significativa nas taxas de mortalidade entre os “guerreiros de fim de semana” e os “regularmente ativos”, desde que a quantidade total de atividade física moderada a vigorosa seja a mesma, e ambos os grupos de participantes ativos apresentaram taxas de mortalidade significativamente mais baixas em comparação com os inativos.
Corrida de rua obesidade mulher adolescente eu atleta — Foto: Istock Getty Images
Os resultados mostraram que adultos que realizam 150 minutos ou mais de atividade física moderada a vigorosa (ou 75 minutos de atividade vigorosa) por semana podem alcançar benefícios de saúde semelhantes, independentemente de como distribuem as sessões ao longo da semana.
Essas descobertas são importantes para desmistificar a ideia de que o exercício deve ser feito diariamente para ser benéfico. O importante é atingir a quantidade recomendada de atividade física semanal. Se alguém só pode se exercitar no sábado e no domingo, ainda assim poderá colher os benefícios para a saúde.
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Com estas conclusões, o estudo de Rezende contribui para flexibilizar as recomendações de atividade física, incentivando mais pessoas a adotar hábitos saudáveis de acordo com as rotinas e possibilidades. Durante o congresso, ele apresentará esses dados detalhadamente, mostrando os impactos da atividade física na saúde e para a longevidade.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta.
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