Em sua conferência anual de desenvolvedores, a Apple anunciou três novos recursos de inteligência artificial que integra ChatGPT e Siri em seus celulares e computadores -- com previsão para chegar ao mercado americano entre setembro e novembro deste ano. Mas a bigtech adiou os planos de lançamento na Europa e afirmou que a culpa seriam as regras da União Europeia, que exigem que a empresa garanta que produtos e serviços rivais possam funcionar em seus dispositivos. Com o adiamento, as novidades devem chegar no continente europeu apenas em 2025.
Em comunicado, a Apple disse que as novas funcionalidades de "Phone Mirroring", melhorias no compartilhamento de tela SharePlay e Apple Intelligence – não serão disponibilizados ainda para usuários europeus este ano devido a incertezas regulatórias devido à Lei de Mercados Digitais (DMA) da UE. Segundo ela, isto compromete a segurança dos seus dispositivos e já havia sido avisado anteriormente as autoridades e países do bloco.
“Especificamente, estamos preocupados que os requisitos de interoperabilidade do DMA possam nos forçar a comprometer a integridade de nossos produtos de maneiras que colocam em risco a privacidade do usuário e os dados”, disse a Apple por e-mail ao The Guardian.
Para a Bloomberg, a Comissão Europeia disse que a Apple seria bem-vinda na UE, desde que seguisse as leis locais.
Quando a próxima versão do sistema de celulares for lançado ainda em 2024, os recursos estarão disponíveis nos seguintes modelos: IPhone 15 Pro, IPhone 15 Pro Max, IPad e Mac com chip M1 e posteriores. O usuário também poderá consultar e-mails, textos e fotos do celular para encontrar informações específicas.
Além disso, o espelhamento do iPhone no MacOS Sequoia permite que a tela do telefone seja visualizada e interaja com os computadores da marca. “Estamos empenhados em colaborar com a Comissão Europeia na tentativa de encontrar uma solução que nos permita fornecer esses recursos aos nossos clientes da UE, sem comprometer a sua segurança”, destacou outro comunicado da Apple.
No início de junho, o executivo-chefe da Apple, Tim Cook, prometeu que seus recursos de IA seriam privados e “baseados em seu contexto pessoal, como sua rotina, seus relacionamentos, suas comunicações e muito mais”.