Ciência e Saúde

Por Agência O Globo


Irmãs Isabella e Beatriz Toassa, de 12 e 13 anos, são cientistas mirins — Foto: Divulgação via O Globo
Irmãs Isabella e Beatriz Toassa, de 12 e 13 anos, são cientistas mirins — Foto: Divulgação via O Globo

Ovo que flutua, barco que afunda sem molhar e suco que muda de cor. Não é magia, é ciência e tecnologia. Essas são algumas das experiências compartilhadas nas redes pelas irmãs Isabella, de 12 anos, e Beatriz Toassa, de 13, conhecidas como as cientistas mais jovens do país. Juntas, as duas já tem mais de 200 mil seguidores, acumulam certificações nacionais e internacionais e são a prova de que a ciência está cada vez mais pop.

Intituladas de “duplinha Big Bang” — nome inspirado na teoria da origem do universo e que remete também à famosa série americana “The big-bang theory” —, as irmãs têm popularizado vídeos na internet nos quais testam curiosidades e decifram “mistérios” que, na realidade, têm explicação científica.

— A ciência está em todo lugar e muito do que nós tentamos fazer na Dupla Big-bang é mostrar que há ciência nas pequenas coisas do dia a dia. Quando vemos a ciência de forma natural, fica muito mais fácil aprender e se interessar — afirma Beatriz.

O título de mais jovens cientistas foi oficialmente adquirido em 2022, quando se tornaram membros da Academia Brasileira de Jovens Cientistas (ABJC) para auxiliar em pesquisas científicas da USP (Universidade de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Atualmente, as duas mantêm perfis com o nome @duplabigbang em redes como o Instagram (onde somam 223 mil seguidores) e Tik Tok, além de um canal com o mesmo nome no YouTube.

A mãe, Stefanie Toassa, conta que os primeiros sinais de interesse das filhas pela ciência começaram quando as meninas souberam da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica na escola.

— Elas eram ainda bem pequenininhas, estavam no primeiro e segundo ano, e ficaram encantadas. Na primeira vez, fizeram a prova e não conseguiram ganhar medalha. Ficaram muito chateadas por não terem conseguido um bom desempenho. Elas queriam estudar e montaram uma estratégia. Com apenas oito anos, elas desejavam saber mais — relata.

A dupla passou então a estudar a partir das provas anteriores da olimpíada. Mas sem deixar de lado o espaço para brincadeiras.

— Eu imprimia para elas e fazia a correção. Brincávamos de várias formas. Lembro que a gente fazia torta na cara com perguntas de astronomia. Se íamos a algum lugar com piscina, eu fazia perguntas e quem acertava ficava parada e quem errava dava um passo à frente, até que a primeira caísse na água — recorda-se Stefanie, orgulhosa das mini cientistas.

O interesse de Isabella e Beatriz pela ciência se consolidou e, juntas, elas já têm um currículo invejável. As irmãs acumulam medalhas de ouro e prata nas olimpíadas brasileiras de Astronomia (OBA), Robótica (OBR) e Ciências (OBC), que foram recebidas em 2020 e 2021, e prêmios como o International Start Kids Awards na categoria Ciências. Também foram vencedoras do Prêmio Mude o Mundo como uma Menina, em 2023, e declaradas cientistas cidadãs da Nasa, em 2021.

Enquanto mantinham suas redes sobre conhecimento científico, foram ficando cada vez mais conhecidas e se tornando referências. O reconhecimento mais importante veio em 2022, quando passaram a membros junior da Academia Brasileira de Jovens Cientistas.

— Queremos mostrar para as crianças e jovens que estudar vale muito a pena e que a ciência não precisa ser só aquela coisa chata, ao contrário do que muitos pensam. Nós podemos colocar a mão na massa e aprender de forma leve e divertida – diz Isabella.

A busca de estratégias para a divulgação da ciência as levou a criar o projeto itinerante voltado para escolas chamado “Tem Ciência Aqui!”. Agora, as duas querem reforçar o debate sobre a necessidade de incentivo à ciência para crianças na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, principal fórum sobre políticas públicas do setor, que será no fim de julho em Brasília.

A dupla estará no evento representando jovens e meninas cientistas e o programa POP Ciência, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. No evento, terão papel de embaixadoras mirins da ciência e farão divulgação científica dos debates.

— Queremos reforçar que a ciência deve ser incentivada, simplificada e apresentada de forma leve para que as crianças possam se interessar cada vez mais. A gente precisa construir um Brasil onde todas as crianças saibam que elas podem ser cientistas, médicas, o que for. O que elas quiserem conseguem – afirma Beatriz.

A propósito, as irmãs já tem seus planos para o futuro. Beatriz pretende fazer medicina e, Isabella, engenharia ou arquitetura.

Mais recente Próxima Grafeno natural é encontrado em amostra de solo lunar
Mais do Época NEGÓCIOS

Segundo pesquisadores da University College London (UCL), os pacientes que foram diagnosticados com ansiedade pela primeira vez quando já eram idosos (ou quase) tinham duas vezes mais probabilidade de desenvolver Parkinson

Risco de desenvolver Parkinson é duas vezes maior em idosos com ansiedade, aponta estudo

Segundo Gladys Tsoi, uma banqueira de investimentos de 29 anos que mora em Hong Kong, o planejamento das viagens levou cerca de um ano, e incluiu a contratação de um agente de viagens para animais e o gerenciamento da documentação necessária

Mulher conta que gastou R$ 212 mil para levar sua poodle de estimação em um jato particular para o Japão

Titan implodiu tragicamente em junho de 2023, durante uma viagem aos destroços do Titanic, matando as cinco pessoas que estavam a bordo

O que tragédia do submarino Titan nos ensinou sobre exploração das profundezas do oceano

A ferramenta desenvolvida nalisou todos os sinais emitidos pelo St. Helens para descobrir os padrões de progressão de uma fase para a outra, até atingir o pico de uma erupção

IA ajuda cientistas a preverem erupções vulcânicas com 95% de precisão

Desindustrialização é apontada como outro problema

Plano Real deixa legado de juros altos e câmbio volátil

Estudo vai abastecer aplicativo ChatGPT com informações sobre a doença

Pesquisa usa IA para tirar dúvidas sobre dermatite atópica

Índice oficial de inflação, IPCA acumula 708% desde a criação da moeda

Real completa 30 anos com desafio de manter poder de compra

De forma prática, a utilização do material pode reduzir a energia e os custos necessários para deslocar astronautas para a construção de bases e outras estruturas na superfície lunar

LEGO cria blocos para montar feitos com destroços de meteoro de 4,5 bilhões de anos

Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde mostrou que os grandes beneficiados dos programas de imunização nas últimas décadas foram as crianças menores de cinco anos

152 milhões de vidas salvas em 50 anos: 4 gráficos que mostram o sucesso das vacinas no mundo