Ciência e Saúde
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Se já não bastasse microplásticos estarem até na nossa corrente sanguínea, agora cientistas da Universidade de Birmingham descobriram que o nosso corpo pode estar sendo contaminado por outras substâncias nocivas. Após experimentos usando modelos de tecido humanos em 3D, um novo estudo publicado na revista Environment International apontou que 'produtos químicos eternos', conhecidos como 'PFAS', são capazes de se infiltrar na nossa pele e adentrar no organismo.

Hoje, são mais de 1.200 variantes destas substâncias no mercado, encontradas tanto em cosméticos, como em protetores solares, hidratantes e produtos de limpeza. Em relação aos cosméticos, a ciência ainda não sabe como eles se relacionam com os produtos químicos eternos na corrente sanguínea, ou se têm de fato efeitos tóxicos no corpo e em qual nível de exposição.

Ao todo foram 17 PFAS testados, e 15 deles penetraram no modelo de pele em 36 horas. Entre eles estava o 'PFOA' (ácido perfluoro octanóico), produto tóxico retirado de produção nos EUA em 2000. Em 2023, ele foi banido globalmente pela Convenção de Estocolmo da ONU devido aos seus efeitos cancerígenos quando ingerido ou inalado e, agora, o químico também demonstrou ser capaz de ser absorvido pela pele.

No estudo, cerca de 13,5% do PFOA chegou à corrente sanguínea e 38% ficou na pele - onde poderia facilmente entrar mais tarde no organismo.

Descobertas anteriores

Outro estudo recente que envolveu um único voluntário do sexo masculino demonstrou que se o PFOA estiver presente no protetor solar, parte pode ser absorvida para sempre pela pele e pelo sangue. “É muito provável que uma parte do PFOA absorvido seja distribuída do sangue para outros fluidos e tecidos”, sugerem os autores.

Atualmente, o 'PFOA' foi substituído por produtos químicos com cadeias de carbono mais curtas. No entanto, isto preocupa os pesquisadores, visto que as descobertas recentes mostram que, quanto mais longa a cadeia, menos facilmente ela é absorvida pela pele. Um desses alternativos chamado perfluoropentanoico (PFPeA) -- comumente usado em embalagens de alimentos -- foi absorvido pela derme quatro vezes mais rápido que o PFOA, quando testado em modelos de camundongos.

Mas testar em humanos é eticamente complicado. Neste sentido, modelos 3D do tecido humano são mais seguros, explicam os pesquisadores.

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