A bordo da primeira espaçonave comercial tripulada da Boeing, os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que estão na Estação Espacial Internacional, não têm previsão de uma data para o retorno à Terra. A dupla chegou à ISS no dia 6 de junho, inicialmente para ficar de 8 a 10 dias por lá. No entanto, 12 dias após a chegada da tripulação, a Boeing adiou o retorno da espaçonave para 26 de junho. Na sexta-feira (21), o retorno foi novamente adiado, sem uma nova data definida para a viagem.
A situação, no entanto, não parece preocupar a Boeing. Em comunicado ao Financial Times, a companhia disse que os atrasos não são considerados um fracasso. “É um voo de teste”, diz a mensagem. "A missão ainda está em andamento e está indo bem."
Um porta-voz da empresa disse ao Business Insider que a Boeing “ampliou a missão para coletar mais dados” sobre os vazamentos de hélio que suporta os propulsores do sistema de controle de reação do Starliner, o que lhes permite disparar.
Os sistemas e propulsores de hélio estão localizados no módulo de serviço da espaçonave, que é “descartado e queima na atmosfera na reentrada”, evitando que uma análise de falha ocorra na Terra.
O porta-voz acrescentou que os vazamentos de hélio foram corrigidos e “não eram uma preocupação para a missão de retorno”, enquanto quatro dos cinco propulsores estavam operando normalmente.
“O Starliner está tendo um bom desempenho em órbita enquanto está acoplado à estação espacial”, disse o porta-voz, embora tenha acrescentado que nenhuma data de retorno foi confirmada.
O comunicado também afirma que "uma nova data de retorno será avaliada após a segunda caminhada espacial em 2 de julho."
“A tripulação não tem pressa para deixar a estação, pois há muitos suprimentos em órbita e a programação da estação está relativamente aberta até meados de agosto”, acrescentaram.