360

Por Márcio Ferrari

DESEMPENHO FINANCEIRO
1 Suzano
2 Usina Santa Isabel
3 Roche
4 Minasligas
5 Tambasa
6 Maqnelson Agrícola
7 CBMM
8 Owens-Illinois
9 Gerdau
10 Kepler Weber

Um ano marcante, o melhor da quase centenária história da empresa, segundo Marcelo Bacci, diretor-financeiro da Suzano. “Tivemos um período muito bom em termos de volume de produção, apesar do ambiente desafiador de inflação crescente no mundo todo”, diz ele. “Mesmo assim, conseguimos manter os custos baixos em comparação a nossos concorrentes.” A diferença em relação a 2021, detentor do recorde anterior, foi um cenário mundial favorável em termos de demanda e câmbio, fundamental para uma empresa cujas exportações respondem por cerca de 80% da receita líquida.

Receita líquida, por sinal recorde, em 2022: R$ 49,8 bilhões, alta de 21,6% em relação ao ano anterior. Para ter um retrato mais preciso do desempenho, no entanto, sem o peso de variáveis como as oscilações cambiais, a empresa prefere lidar com medidas como o Ebitda ajustado, de R$ 28,2 bilhões, 20,1% acima de 2021, ou o custo caixa, de R$ 885 por tonelada de celulose, aumento de 28%.

A geração de caixa contribuiu para reduzir a alavancagem, mesmo com a aceleração dos investimentos. Em dólares, a relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 2,4 vezes ao final de 2021 para 2,0 vezes em dezembro de 2022.

Hoje, o maior investimento da Suzano é no Projeto Cerrado, unidade de produção em Ribas do Rio Pardo (MS), programada para entrar em funcionamento em junho de 2024. O investimento total é de R$ 22 bilhões e espera-se que com ele a capacidade operacional suba 25%. A maior parte do volume de recursos foi captada em 2021, quando a taxa de juros se encontrava em nível bem inferior ao atual. “Asseguramos todo o funding com bastante antecedência”, diz Bacci.

Assim, a um ano de completar o centenário, a Suzano mantém-se com folga no posto de principal fabricante de celulose do mundo, com capacidade para produzir 10,9 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel. E com preços altos: a tonelada chegou a US$ 860. “Foi um panorama setorial muito favorável pelos baixos estoques em âmbito mundial”, afirma o diretor-financeiro. No segundo semestre de 2022, contudo, a oferta aumentou. Duas companhias entraram em operação no período – uma no Chile, outra no Uruguai –, e o preço internacional caiu para cerca de US$ 530 por tonelada, abaixo da média histórica de US$ 600. Isso fez o resultado financeiro começar 2023 aquém do de 2022.

Bacci prevê para o futuro a continuidade do voo sem turbulência da Suzano. A participação no mercado interno vai aumentar com a aquisição de ativos da americana Kimberly-Clark, concluída no segundo trimestre de 2023.

No total, os investimentos previstos para 2023 são de R$ 18,5 bilhões, ante R$ 16,3 bilhões em 2022, até então o maior da história da companhia. “O mercado de celulose e papel está em expansão, e isso deve continuar durante muito tempo”, afirma Bacci. E os custos devem cair com o recuo previsto da inflação.

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