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Olimp�ada domina primeiro debate no Rio; Fl�vio Bolsonaro passa mal

Gustavo Serebrenick/Brazil Photo Press/Folhapress
RIO DE JANEIRO, RJ, 25.08.2016 - ELEI��ES-RJ - Alessandro Molon (Rede), Carlos Roberto Osorio (PSDB), Fl�vio Bolsonaro (PSC), �ndio da Costa (PSD), Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Crivella (PRB) e Pedro Paulo (PMDB) candidatos a prefeitura do Rio de Janeiro durante debate da Tv Band no Teatro Oi Casagrande no Shopping Leblon na zona sul da cidade do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 25. (Foto: Gustavo Serebrenick/Brazil Photo Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CR�DITOS OBRIGAT�RIOS ***
Os candidatos � Prefeitura do Rio de Janeiro durante debate na TV Bandeirantes

Os Jogos Ol�mpicos dominaram o primeiro debate de TV da elei��o do Rio, realizado pela Band nesta quinta-feira (25), desde seu impacto sobre a finan�a da cidade at� den�ncia de corrup��o envolvendo o deputado Eduardo Cunha (PMDB).

Pedro Paulo, candidato do PMDB � sucess�o do prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi o primeiro a mencionar a Olimp�ada do Rio no debate, numa tentativa de "capitalizar" sobre o evento esportivo.

"Vivemos um momento sonhado h� muitos anos no Rio. Tenho orgulho de ter participado dessa transforma��o. Muitos diziam que isso n�o seria poss�vel. Que ia atrasar, o Rio ia quebrar, mas mostramos que � poss�vel", disse o Pedro Paulo.

O candidato Alessandro Molon (Rede) disse que o aumento da seguran�a na cidade durante o evento esportivo –houve aumento de efetivo policial– deveria ser uma realidade permanente.

"Todos adoramos ver as ruas cheias e seguras, mas esse deveria ser o Rio de Janeiro durante quatro anos, e n�o apenas por 20 dias", disse o candidato, que defendeu mais atua��o da guarda municipal.

O deputado Fl�vio Bolsonaro (PSC), filho do deputado federal Jair Bolsonaro, foi al�m e prometeu armar a guarda municipal, al�m de mais integra��o municipal com as for�as de seguran�a estaduais.

"Municipaliza��o da seguran�a p�blica � uma tend�ncia mundial", disse Bolsonaro, que foi saudado como "mito", como costuma ser chamado seu pai. Depois, teve queda de press�o e precisou deixar o debate.

Molon rebateu uma afirma��o do candidato peemedebista, de que o evento foi realizado no Rio sem nenhum esc�ndalo de corrup��o:

"Ele n�o viu o esc�ndalo do deputado Eduardo Cunha, que n�s conseguimos afastar da presid�ncia da C�mara. O esc�ndalo do Porto Maravilha, no qual o deputado Cunha � acusado de receber R$ 52 milh�es para desviar dinheiro da Caixa Econ�mica. � do PMDB, dele", disse.

L�der das inten��es de voto, com 27%, o senador e bispo licenciado da Universal Marcelo Crivella (PRB) disse que a Prefeitura "gastou demais" com a Olimp�ada, afetando gastos com educa��o e sa�de.

"Se voc� comparar os valores reais que a prefeitura gastou nos quatro primeiros anos e comparar com os tr�s do segundo mandato, a Prefeitura deixou de aplicar R$ 700 milh�es na sa�de para fazer obras para as Olimp�adas", disse Crivella.

Pedro Paulo negou que a educa��o tenha problema de custeio no Rio. Ele prometeu construir 314 escolas se eleito prefeito, al�m de colocar todas os alunos do munic�pio estudando em hor�rio integral.

Mas a situa��o financeira da Prefeitura foi um tema constante dos candidatos. O deputado federal �ndio da Costa (PSD) disse que para tirar o programa sugerido pelo candidato peemedebista do papel custaria "uma outra Olimp�ada".

"Paes quebrou Previd�ncia, deixou escolas p�blicas sem manuten��o. Hospitais s�o uma calamidade", disse �ndio da Costa

Carlos Os�rio (PSDB) concordou que a Olimp�ada vai ficar "na mem�ria por muito tempo", mas tamb�m bateu na tecla que o Rio vive um problema de queda na qualidade dos servi�os e que a receita municipal teve baixa de 6% no ano passado.

J� a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) recorreu aos Jogos Ol�mpicos em sua defesa do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff. Vaiada, ela disse que a vaia seriam "democr�tica" e que "golpistas s�o assim mesmo".

"Al�m de mim e de voc� [Molon], todos votaram pelo golpe, um golpe. Aqui � tamb�m um palco da trai��o. Os governos Lula e Dilma colocaram aqui R$ 376 bilh�es. Quando se fala da Olimp�ada, em nenhum momento citaram aqui que foi bancada com recursos federais. Isso � trai��o", disse.

AGRESS�O

Coube a Jandira tocar no assunto da agress�o envolvendo Pedro Paulo. O candidato foi investigado em caso de agress�o a sua ex-mulher. O caso foi arquivado pelo STF.

Ela havia perguntado, no segundo bloco, sobre a ajuda do governo federal na revitaliza��o da zona portu�ria do Rio.

Ela classificou de trai��o a vota��o de Pedro Paulo (PMDB) pelo afastamento de Dilma Rousseff depois da parceria de longa data no Rio.

"Eu n�o votaria em quem trai mulher e quem bate em mulher", disse Jandira.

A plateia reagiu com aplausos e vaias. At� aquele momento ningu�m havia tocado no assunto.

Pedro Paulo disse que "� muito triste voc� levantar isso", para a rea��o geral da plateia.

O apresentador da Band S�rgio Costa tentava em v�o conter as manifesta��es.

Pedro Paulo lembrou que o STF arquivou o processo a pedido da PGR (Procuradora Geral da Rep�blica).

"Voc� sabe que a procuradoria me inocentou. Voc� vai passar por isso, de ser acusada de crime que n�o cometeu", disse, ao que Jandira reagiu balan�ando a cabe�a negativamente.

Crivella sorria discretamente enquanto os candidatos trocavam acusa��es.

"Voc� � acusada de receber propina", disse Pedro Paulo.

Jandira pediu direito de resposta, ainda n�o concedido pela dire��o da emissora.

PASSOU MAL

Fl�vio Bolsonaro sofreu uma queda de press�o e precisou abandonar o debate.

Bolsonaro se preparava para responder a uma pergunta feita por internauta no segundo bloco do programa quando, p�lido, come�ou a enxugar o suor, se sentiu mal e precisou de atendimento.

Bolsonaro passa mal em debate

Houve pedidos vindos da plateia para a deputada federal Jandira Feghali, candidata pelo PCdoB, socorrer o concorrente. "A Jandira � m�dica, ajuda ele", gritavam.

A deputada chegou a amparar Bolsonaro, com ajuda do candidato Carlos Os�rio (PSDB), mas logo se afastou e deixou que a equipe m�dica realizasse o atendimento, sendo vaiada pela plateia.

O debate foi interrompido para atendimento. Quando voltou ao ar, Jandira disse que o pai de Bolsonaro, Jair, que n�o permitiu que ela realizasse o atendimento. Ela ainda bateu boca com apoiadores de Bolsonaro na plateia, ao vivo.

Mais cedo, na chegada ao programa, Fl�vio Bolsonaro foi saudado como "mito", como costumam chamar seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro.

Fl�vio Bolsonaro n�o voltou para o debate. Segundo o programa, ele ficou de forma "por orienta��es m�dicas", mas passa bem.

Em nota, o candidato afirmou que o mal-estar deveu-se a uma intoxica��o alimentar que tamb�m "vitimou inclusive um de seus assessores, devido a uma refei��o na tarde de quarta-feira (24)".

Ainda segundo o texto, ele foi atendido em hospital e foi liberado no in�cio da madrugada.

"Fl�vio Bolsonaro pede desculpas a todos os seus concorrentes pela aus�ncia no restante do debate; o candidato agradece publicamente aos concorrentes Jandira Feghali e Carlos Os�rio pelos gestos de solidariedade ao socorr�-lo", diz a nota.

"O candidato tamb�m pede desculpas a todos os cariocas e assegura que haver� novas oportunidades para mostrar � popula��o seus projetos para fazer do Rio de Janeiro uma cidade mais segura e pr�spera", completa o texto.

Apesar de aparecer em segundo lugar na pesquisa Ibope, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) n�o participou do debate por causa da nova legisla��o eleitoral.

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